
Sete palestinos morreram e cerca de 500 ficaram feridos. Estado de Israel completa 70 anos nesta segunda-feira (14).
ete palestinos morreram e cerca de 500 ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses nesta segunda-feira (14) na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, anunciaram as autoridades do território palestino. Dentre os feridos, 35 foram alvos de tiros.
Os confrontos ocorrem poucas horas antes da inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém nesta segunda, data em que o Estado de Israel completa 70 anos. Os palestinos protestam na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grande Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de voltarem para os locais de onde foram removidos após 1948, pela criação do Estado de Israel.
Milhares de palestinos se reuniram nesta segunda em diversos pontos próximos à fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados israelenses.
Os pequenos grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros.
As forças de segurança israelenses se preparam para os protestos de dezenas de milhares de palestinos nesta segunda tanto na Faixa de Gaza, submetida ao bloqueio israelense, como na Cisjordânia ocupada, contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
No domingo e nesta segunda-feira o exército israelense lançou panfletos em Gaza para advertir os palestinos que participam nas manifestações que se expõem ao perigo e que não permitirá danos à cerca de segurança ou, ataques aos soldados ou aos civis israelenses vizinhos do território palestino.
Decisão polêmica

Em uma primeira fase, a embaixada ficará dentro da seção de vistos do consulado-geral dos EUA em Jerusalém. O imóvel sofreu adaptações para receber o embaixador David Friedman e sua equipe. Em até um ano, um novo anexo será construído para ampliar o espaço da embaixada. O objetivo é construir uma sede própria para a representação diplomática em até dez anos.
A nova embaixada está no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, num prédio construído em 2010. Parte do terreno era considerada, até a Guerra dos Seis Dias (1967), terra de ninguém.
A liderança da Autoridade Palestina se recusa a conversar com os representantes do governo Trump desde o anúncio da transferência da embaixada, nem sequer com o genro do presidente, Jared Kushner, que havia sido designado para estimular o processo de paz.
Entenda a disputa
No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.