A partir da Conferência de Durban, da ONU a palavra
“afrodescendente” veio para substituir o termo “negro”. No Brasil aplica-se a
autodeclaração, onde a pessoa “decide” se é branca, parda, negra, amarela ou
indígena.
Com esse poder dado à população, é notável o surgimento de afro
convenientes para usufruir de programas sociais que têm como objeto integrar os
pretos e pardos à sociedade.
Em nosso país, que é miscigenado e onde a maioria esmagadora
tem sangue indígena, africano e europeu, o que determina se uma pessoa é negra?
Nos Estados Unidos e em vários outros países, o que determina
se um indivíduo é negro, é sua genética. Qualquer afrodescendente, não
importando a textura do cabelo, a largura do nariz, o tamanho dos lábios, nem
mesmo a cor da pele, é considerado negro. Basta ser neto de uma negra para ser
incluído nesse grupo, mesmo se a pessoa for branca e tiver olhos claros.
Por sua vez, no Brasil o que determina quem é negro ou não,
é único e exclusivamente o fenótipo. Quando mais “negra” for sua aparência,
mais racismo você sofrerá. Os insultos, aliás, são sempre ligados ao fenótipo.
Quem nunca ouviu, por exemplo, piadas sobre “cabelo bombril”, entre outras,
deve morar em Marte.
Se identificar negro ainda é difícil para muitas pessoas.
Desde sempre, a cor preta é tida como ruim e a branca, a boa. Com isso, muitos
se renegam e relutam negando que sejam negros, e sim morenos escuros.
Ronaldinho Gaúcho e Neymar, jogadores de futebol com uma influência gigantesca,
já se pronunciaram dizendo que não se consideram negros.
Recentemente, Caio, namorado da Jout Jout, falou sobre esse
assunto em um vídeo postado no canal da namorada. Nele, Caio fala que nunca se
considerou negro, e sim moreno, mas que não sabe de qual cor realmente é.
A incansável luta para se autoafirmar não negro, já que este
carrega uma conotação ruim, criou termos como “mulata”, numa tentativa de
embranquecimento. A palavra de origem espanhola vem de “mula” ou “mulo”: aquilo
que é híbrido, originário do cruzamento entre espécies. Mulas são animais
nascidos do cruzamento dos jumentos com éguas ou dos cavalos com jumentas. Em
outra acepção, são resultado da cópula do animal considerado nobre (equus
caballus) com o animal tido de segunda classe (equus africanus asinus). Sendo
assim, trata-se de uma palavra pejorativa que indica mestiçagem, impureza.
Mistura imprópria que não deveria existir.
Racistas evitam ao máximo chamar alguém de negro porque,
para eles, isso é xingamento. Não aceite ser chamado de mulato, moreno, pardo
ou pele queimada de sol. Você é negro. Basta um pingo de café no leite para que
ele deixe de ser branco. Negros são todos aqueles que são menosprezados por
causa da não-branquitude.
Sou luso-descendente. Como se isso tivesse conotação racial sobre as outras tonalidades de pele... Bobagem. Segundo as pesquisas comprobatórias, a humanidade se originou na África. Então, todos nós somos negros por ancestralidade... No Brasil, políticas públicas sociais adotadas incluindo as raciais ganharam tons ideológicos. Falam até em povos afro-descendentes, como se não estivessem inseridos como povo brasileiro. A maioria absoluta dos negros e pardos como queiram estão focados em ser bem sucedidos social e economicamente. Não estão interessados na cultura africana; como formadores de opinião estão tentando passar isso para eles... Parte expressiva dos nossos negros passam ter autoestima como negros, devido ao acesso de mais informações... Pardos têm DNA de brancos e de negros; uns mais, outros menos de acordo com a carga genética adquirida. Há controvérsias sobre sua definição exata... Não importa. Existe racismo sim no Brasil; mas a miscigenação continua em alta. Nunca se viu tantos casais miscigenados... O Brasil é um país etnicamente impuro. 46% da população é formada por pardos e 46% por brancos. Estão tecnicamente empatados. Incrível como pode ainda ser cultivado tal ideia de superioridade racial... Fato que parte expressiva dos pobres e com baixa escolaridade tem componentes negros. Não há informação sobre o quantitativo dos negros e pardos que ascenderam às classes A e B, pelos seus próprios méritos: Felizmente, vemos com muito mais frequência, autoridades, profissionais prestadores de serviços das mais variadas categorias, altos funcionários públicos; e muitos que ocupam posição de destaque em empresa e lideranças. Sabemos que são muitos; desconhecemos a causa da omissão. Na atualidade não existe nenhuma sociedade ou grupo social que não possua a mistura de etnias diferentes. Por isso que no meio científico o termo raça caiu em desuso...
ResponderExcluir