Fonte: TPS / Texto: Alexander J. Apfel / Tradução: Graziela Dreilich / Foto: TPS
Enquanto o primeiro ministro Benjamin Netanyahu expressou suas condolências pelo povo francês após o massacre de sexta-feira (13/11), que matou 132 pessoas e deixou centenas de feridos, a Autoridade Palestina buscou envolver Israel nos ataques.
No sábado (14/11) Netanyahu escreveu uma nota em sua página oficial do Facebook . “Israel está junto com o presidente francês Francois Hollande e com o povo francês em uma guerra conjunta contra o terrorismo. Envio minhas condolências em nome do povo de Israel para as famílias dos mortos e desejo que os feridos prontamente se recuperem”, dizia a nota.
Na segunda-feira, 16/11, na página oficial do Facebook do movimento Fatah, foi postada uma charge em que aparecia um atirador do ISIS em atitude de ataque na Torre Eiffel, enquanto Benjamin Netanyahu apontava uma metralhadora para o terrorista.
Na charge, Netanyahu é reconhecível não só pelo seu corte de cabelo característico, como também por uma faixa em seu braço que carrega o brasão da estrela de Davi. Em uma segunda charge, dois palitos de fósforo saem de uma caixa de fósforos chamada “terrorismo”. Um deles é rotulado de “IS”, enquanto o segundo tem a cabeça desenhada para se parecer com a de um judeu ortodoxo, com a Estrela de David em seu chapéu.
A Agência TPS conversou com o professor Norman Finkelstein, um dos críticos mais virulentos de Israel e uma figura controversa no mundo acadêmico, para ouvir sua opinião sobre essas charges. O professor afirmou que considera a Autoridade Palestina “uma gangue corrupta de colaboradores” e que, no entanto, tem historicamente desempenhado um papel considerável apoiando o consenso internacional para a resolução do conflito Israel-Palestina. "Não vi nada ali relacionado à Autoridade Palestina [sic]. São apenas desenhos imbecis, uma propaganda idiota”, resumiu o professor Finkelstein.
O controverso professor aproveitou a oportunidade e deu uma "alfinetada" no primeiro-ministro Netanyahu. Ele brincou comparando que "Netanyahu estava tão por trás dos ataques em Paris quanto Mufti estava por trás da Solução Final."