Um estudo sobre a Religião e o Estado, realizado pelo
Instituto Smith pouco antes do Rosh Hashana, revelou que 62% aprovam o
casamento civil, 52% apóiam o casamento homossexual, 87% querem que
todos sirvam nas FDI, 79% querem cortes nos orçamentos para yeshivot.
A sociedade israelense está cheia de conflitos e
tensões: entre sefarditas e asquenazis, entre a direita e a esquerda,
entre ricos e pobres. Mas uma das mais profundas divisões se relaciona
com o estado e a religião – como o transporte público no Shabat,
conversões, casamento e divórcio, servir nas FDI, além de outras
questões.
O ano passado também foi cheio de debates acalorados
sobre a situação da religião na sociedade israelense, com foco em
conversões de militares, mulheres cantoras no exército, casamento civil,
e cartas de rabinos contra aluguel de apartamentos para árabes e
trabalhadores estrangeiros.
Ás vésperas do Ano Novo judaico a Associação Hiddush
para a Liberdade e Igualdade Religiosa divulgou seu Índice sobre o
Estado e a Religião em 2011, que pesquisa a opinião pública sobre
questões fundamentais. O índice é baseado em uma pesquisa abrangente
realizada pelo Instituto Smith entre os 800 inquiridos – que
representariam uma amostra significativa da população judaica adulta de
Israel (erro amostral máximo: 3,4%).
Resultados da pesquisa revelam que 56% dos judeus em
Israel acreditam que o Estado e a Religião deveriam ficar separados, 35%
apóiam "muito" e 21% apóiam "bastante". Por outro lado, 28% são
fortemente contra e 16% apenas um pouco contra. Uma análise baseada nas
definições religiosas dos pesquisados revela que 85% dos haredim, 87%
dos judeus religiosos e 54% dos judeus tradicionais, se opõem a uma
separação entre o Estado e religião, enquanto que 80% dos seculares são a
favor.
Aos entrevistados foi perguntado: "Você concorda ou
discorda que o Estado de Israel deveria governar a liberdade de religião
e de consciência - em outras palavras, dando aos judeus seculares e
religiosos a opção de agir de acordo com sua visão de mundo?". Oitenta e
três por cento disseram que sim (60% "concordam totalmente" e 23%
"concordam parcialmente") e 17% disseram que não (10% "discordando
totalmente" e 7% "discordando parcialmente"). Os haredim são o único
setor cuja maioria se opõe contra a liberdade de religião em Israel
(51%), enquanto que a maioria dos judeus religiosos, tradicionais e
seculares manifestaram o seu apoio (68%, 84% e 91%, respectivamente).