Após denúncia da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), a Polícia Federal lançou na manhã desta sexta (11) a Operação Shoah, em Minas Gerais, com o objetivo de combater crimes de preconceito e incitação ao ódio contra judeus. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a um morador de Três Pontas, no Sul de Minas, com o objetivo de reunir provas que confirmem sua participação nos crimes e, se for o caso, identificar outros envolvidos.
O suspeito poderá responder pelos crimes de preconceito racial agravado pela divulgação em redes sociais e incitação pública à prática de crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar cinco anos de reclusão.
A investigação teve início após uma denúncia da CONIB, que alertou as autoridades sobre publicações antissemitas feitas por um perfil em uma rede social. A análise do conteúdo revelou postagens que exaltavam o nazismo, defendiam grupos terroristas e pregavam o extermínio de judeus.
Utilizando técnicas de investigação digital, os agentes conseguiram identificar o suposto autor das postagens: um homem residente em Três Pontas (MG).
O nome da operação, “Shoah” – termo em hebraico que significa “catástrofe” – faz referência ao Holocausto, o genocídio de aproximadamente seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A escolha do nome simboliza o compromisso da Polícia Federal no combate a manifestações de ódio semelhantes ao que o nome representa.