Mohammed Sinwar, chefe do Hamas que Israel diz ter matado
— Foto: Exército israelense/Divulgação via REUTERS
Mohammad Sinwar, chefe militar do grupo terrorista Hamas em Gaza, que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse nesta quarta-feira (28) ter sido eliminado, esteve por muito tempo no topo da lista dos mais procurados por Israel.
Nascido em 16 de setembro de 1975, Sinwar raramente aparecia em público ou falava com a mídia.
Foi elevado às fileiras superiores do Hamas em 2024, após a morte em combate de seu irmão Yahya, mentor do ataque de 2023 a Israel que levou à guerra em Gaza e, mais tarde, foi nomeado líder geral do Hamas.
O Hamas ainda não confirmou a morte de Mohammad Sinwar. Caso ela seja confirmada, seu aliado mais próximo, Izz al-Din Haddad, que atualmente comanda as operações no norte de Gaza, deve ficar no controle da ala armada do Hamas em todo o enclave.
Não está claro como a morte de Mohammad Sinwar afetaria a tomada de decisões no grupo como um todo. Por exemplo, se sua morte fortaleceria ou diminuiria a influência dos membros exilados do conselho de liderança do grupo nas decisões sobre as negociações de cessar-fogo.
Assim como seu irmão Yahya, Sinwar sobreviveu a várias tentativas de assassinato por parte de Israel, incluindo ataques aéreos e explosivos plantados, segundo fontes do Hamas que falaram à Reuters.
De acordo com elas, em um desses episódios, quando Sinwar visitou um cemitério, seus companheiros descobriram que um explosivo controlado remotamente, disfarçado de tijolo, havia sido colocado em seu caminho.
Em outra tentativa, em 2003, que o grupo atribuiu à Inteligência israelense, membros do Hamas descobriram uma bomba plantada na parede da casa de Mohammad.
Conhecido por operações clandestinas, Mohammad Sinwar desempenhou um papel central no planejamento e execução do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel.
Ele também é amplamente considerado como um dos mentores do ataque transfronteiriço de 2006 e do sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, que ficou preso por cinco anos antes de ser trocado por mais de mil palestinos detidos por Israel.
No acordo, seu irmão Yahya Sinwar foi um dos libertados.