A mídia saudita e iraquiana relatam que negociações silenciosas estão em andamento para garantir a libertação do pesquisador israelense, que pode ser finalizada em 10 dias
A rede saudita Al-Hadath noticiou no sábado que "esforços sérios" estão em andamento para garantir a libertação de Elizabeth Tsurkov, a acadêmica russo-israelense sequestrada em Bagdá há pouco mais de um ano . Segundo fontes iraquianas não identificadas, um acordo pode ser finalizado em 10 dias.
O relatório afirma que a libertação de Tsurkov pode ser parte de um entendimento secreto entre o Iraque e os EUA. "O primeiro-ministro iraquiano Mohammed Shia Al Sudani está trabalhando para aliviar a pressão internacional após uma visita secreta de um alto funcionário da segurança iraquiana a Washington", diz o relatório.
As fontes disseram que há uma proposta para primeiro transferir Tsurkov para um partido neutro, a fim de evitar reações internas. "Há conversas secretas de segurança com o grupo que a mantém presa", continuou a reportagem. "Sua libertação esperada reflete o compromisso do governo iraquiano em cooperar com a comunidade internacional. O governo Al Sudani pretende mostrar que pode equilibrar as relações entre Teerã e Washington."
Separadamente, a emissora iraquiana Al-Rabaa TV noticiou que o acordo envolve a libertação de um detento iraniano e de outros seis acusados de ataques a interesses americanos no Iraque. O canal afirmou que a troca deve ser concluída em 10 dias.
Elizabeth Tsurkov
( Foto: AFP PHOTO/Ahmad Mohamad )
Tsurkov, de 38 anos, possui cidadania israelense e russa e morava nos EUA enquanto cursava doutorado na Universidade de Princeton. Ela foi sequestrada em Bagdá em 26 de março de 2023, durante uma viagem de pesquisa. Acredita-se que ela esteja refém da milícia pró-iraniana Kata'ib Hezbollah , embora o grupo negue envolvimento. Não foi sua primeira visita ao Iraque, e ela teria entrado no país usando seu passaporte russo.
Na semana passada, sua irmã Emma se encontrou com Adam Boehler , enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, para assuntos de reféns, em um esforço para ajudar a impulsionar o possível avanço.
