
O Eternauta.
Uma história em quadrinhos fictícia, criada pelo roteirista Héctor Germán Oesterheld (1919-1977), cujo protagonista e herói é um certo Juan Salvo que sai para lutar contra uma invasão alienígena que acontece em Buenos Aires, mas que também afeta o mundo inteiro.
Surgiu pela primeira vez entre 1957 e 1959, e depois em outras reedições e formatos (filmes e séries).
O eterno navegador.
Desde o tempo de ontem, e de hoje em seu presente. Um lutador que busca unir os outros para expulsar os muitos e poderosos invasores.
Segundas leituras.
Há várias segundas leituras, além da textual. E neste caso, permito-me, mesmo discordando de certas ideias do autor, relacionar esse personagem de ficção científica com a vida de todo judeu comprometido com seu judaísmo, com seu povo e com o Estado de Israel.
Lute em várias frentes.
Tanto nas diásporas quanto em Israel, a assimilação em suas várias formas (o holocausto branco ou silencioso).
Tanto nas diferentes comunidades do mundo quanto na velha-nova pátria ancestral, precisamos lidar e confrontar inimigos poderosos que odeiam obsessivamente os judeus e anseiam por sua destruição. E há milhares de exemplos disso: massacres, pogroms, boicotes, Shoah, bombardeios, jihad eletrônica e material antissemita e antisionista espalhado em todas as plataformas de mídia social.
Até a conclusão, no cruel ataque de 7 a 10 de 2023.
A portas fechadas.
Também temos uma luta na frente interna. Desviantes, degenerados, oportunistas, traidores e informantes.
São aqueles que, por diversos motivos, causam sofrimento aos seus irmãos. E sua fonte pode variar do ideológico ao monetário.
Vemos isso na comunidade judaica crioula e, infelizmente, em Israel, com muitos políticos ou grupos que tendem ou trabalham com o objetivo de fragmentar a sociedade e enfraquecer o governo e a defesa da nação.
Fim.
O Judeu e o Eternauta se conectam e se encaixam quase perfeitamente. Migrantes, viajantes do tempo, resilientes e lutadores em todos os terrenos.
Ambos se entrelaçam em uma história de luta pela sobrevivência individual e coletiva.
Vemos isso em Gaza, também em Buenos Aires e em quase todas as cidades do mundo.
Um tema tão extenso que vale a pena parar aqui, saudando todos os leitores e amigos da Aurora de Israel.
Shavua Tov!
Dr. Natalio Daitch – Argentina