Após mais de um ano em cativeiro, sobreviventes aparecem magros e fragilizados; familiares pedem urgência na libertação dos demais.
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Três reféns israelenses capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 foram libertados neste sábado (08) após serem exibidos publicamente na cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza. Bem mais magros e abatidos, Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami voltaram a Israel em condições de saúde consideradas precárias, segundo o hospital que os recebeu.
O Fórum das Famílias de Reféns israelenses denunciou as "imagens chocantes" da libertação, em que os reféns, visivelmente exaustos, foram forçados a falar no pódio por um soldado encapuzado do Hamas. "Estas imagens evocam as cenas horripilantes da libertação dos campos de concentração em 1945", disse a entidade em nota, pedindo urgência na negociação pela libertação dos demais reféns.
O Hospital Sheba informou que Or Levy e Eli Sharabi estavam em "condições médicas precárias", enquanto Ohad Ben Ami apresentava um "estado nutricional grave". "As consequências de 491 dias em cativeiro são evidentes, e a situação é mais séria desta vez", afirmou Yael Frenkel Nir, diretora do centro médico.
As famílias dos reféns ficaram chocadas ao ver as primeiras imagens da transferência para a Cruz Vermelha. Michal Cohen, primo de Ohad Ben Ami, disse que ele parecia "muito mal" e dez anos mais velho do que sua idade real. Ben Ami foi sequestrado junto com sua esposa, Raz Ben Ami, no kibutz Be'eri. Ela foi libertada em 29 de novembro.
Or Levy, de 34 anos, foi raptado no Festival de Música Supernova, onde estava com a esposa, Eynav, que foi morta pelo Hamas. O filho do casal, de dois anos, estava com os avós. Seu irmão, Tal Levy, afirmou que ele vai se recuperar. "Ele vai ficar bem. Ele vai se encontrar com seu filho."
O terceiro refém libertado, Eli Sharabi, perdeu a esposa e as duas filhas, mortas no kibutz Be'eri. Seu irmão Yossi também foi sequestrado, mas morreu em cativeiro.
A ativista Einav Zangauker culpou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pelo sofrimento dos reféns. "Netanyahu, você vê como eles estão? O que você achou que aconteceria enquanto continuava adiando o cessar-fogo?", questionou .