
Matteo Salvini confirmou a sua intenção em declarações ao jornal israelense Israel Hayom.
O líder da Liga, partido de extrema-direita italiana, Matteo Salvini, disse este domingo que se for eleito primeiro-ministro do país nas próximas eleições gerais vai reconhecer Jerusalém como capital de Israel, adiantou a EFE.
Matteo Salvini confirmou a sua intenção em declarações ao jornal israelita Israel Hayom, citadas pelos 'media' italianos, nas quais também pediu que a União Europeia proíba o boicote a Israel através da campanha BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções), um movimento internacional de protesto e de contestação à ocupação de territórios palestinianos por parte do Estado hebreu.
Questionado sobre o pico de antissemitismo na Europa, o líder do partido de extrema-direita disse que este "está relacionado com o facto de certas figuras no mundo académico e nos meios de comunicação se mobilizarem contra Israel, alimentando o ódio contra Israel para justificar o antissemitismo".
Apontou ainda a chegada em massa de imigrantes de países muçulmanos à Europa como fator que "contribui para a propaganda antissemita, também em Itália".
"Existe um antissemitismo de extrema-direita e também de extrema-esquerda. Pensamos em Jeremy Corbyn [líder do Partido Trabalhista inglês] ou em ativistas de esquerda na Alemanha que não querem ser como os nazis e ainda assim boicotam produtos israelitas", disse.
Salvini deslocou-se em dezembro de 2018 a Israel tendo sido recebido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um "grande amigo" do país, nas palavras do governante israelita.
Na altura, Salvini afirmou que "nos últimos anos a União Europeia tem sido totalmente desequilibrada, condenando e sancionando Israel em cada passo".