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Lembrar de Auschwitz

      Lembrar de Auschwitz


Há 75 anos, as tropas da União Soviética chegavam a Auschwitz, campo de concentração onde mais de um milhão de judeus foram exterminados pela Alemanha nazista durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945). 
A libertação do principal centro genocida de Adolf Hitler, considerado um símbolo do Holocausto, é relembrada mundialmente neste 27 de janeiro - data que marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Localizado na Polônia ocupada pelo Terceiro Reich, o local onde judeus chegavam amontoados em trens, trabalhavam até a exaustão, eram mortos por experimentos médicos e assassinados em câmaras de gás, se tornou o Museu Estatal Auschwitz-Birkenau em 1947.

Lembrar de Auschwitz é lembrar da enorme dívida de gratidão que os judeus e a humanidade tem com com os povos da antiga União Soviética. e seu exército vermelho. 

Meses antes da libertação do maior campo de concentração nazista, na qual um milhão de judeus morreu em câmara de gás, as tropas soviéticas tinham libertado o campo de Maideck, também na Polônia. Os soldados do exército vermelho ficaram horrorizados com as cenas de horror e revelaram, pela primeira vez o extermínio em massa de judeus, em campo de concentração.
      Lembrar de Auschwitz As cenas eram tão dantescas que os governos de Churchill e de Roosevelt acharam que aquilo era pura propaganda de Stalin. Só quando Auschwitz confirmou o quanto a máquina de extermínio dos nazistas tinha sido capaz, os aliados finalmente deram o braço a torcer. E só foram se convencer mesmo que Maideck e Auschwitz não eram invenção dos soviéticos quando o general Eisenhower libertou um campo de concentração perto do Rio Elba e constatou as mesmas cenas encontradas pelos soviéticos nos campos que suas tropas libertaram.
Para por um fim à barbárie nazista, 20 milhões de soviéticos perderam a vida em campos de concentração, em batalhas, nas guerrilhas e em territórios ocupados por tropas alemãs. Muitas deles eram civis.
Dos seis milhões de judeus exterminados em campo na Segunda Guerrq 1,5 milhão eram da então União Soviética, principalmente na Ucrânia, região em que antissemitismo era secular e motivo para vários pogroms (massacres de judeus) ocorridos na Rússia czarista. O mestre Sérgio Vaz, cinéfilo de primeira qualidade deve conhecer o filme "O Homem de Kiev", que mostra o quanto o antissemitismo era arraigado na Ucrânia.
Em uma aldeia próximo de Kiev, Babi Iar, cerca de cem mil judeus foram fuzilados à beira de valas, onde depois os nazistas jogavam terra por cima.
O historiador inglês Alexander Werth conta, em seu livro A Rússia na Guerra, que em Maideck camponeses poloneses entregavam aos nazistas judeus que conseguiam fugir desse campo de concentração. Poucos poloneses se sensibilizaram com o drama dos judeus no gueto de Varsóvia.

Na maioria dos campos de concentração situados na Polônia e no leste da Alemanha os capos (guardas e comandantes de galpões e responsáveis pela disciplina) eram ucranianos.
Essa é uma ferida que a Polônia e a Ucrânia não querem mexer. Provoca tanto incômodo quanto o tema do colaboracionismo na França durante a ocupação nazista. O livro Combatentes en La Sombra, de Robert Gildea, dá bem uma dimensão do quanto o colaboracionismo adquiriu caráter de massas, até 1942. Judeus franceses eram denunciados por colaboracionistas franceses e no exército francês o Regime de Vichy do general colaboracionista Petain tinha forte apoio na oficialidade. Até o final de 1942 setores expressivos da França eram hostis a De Gaule.
Outro tema sensível é a utilização de judeus, russos e de prisioneiros de Auschwitz Maideck, Treblinka e outros campos de concentração como mão de obra por grandes empresas, que estão aí até hoje.
Não se pode diluir a responsabilidade dos nazistas no extermínio dos judeus, ciganos, homossexuais, comunistas, socialdemocratas e pessoas com deficiência. Mas não se deve jogar para debaixo do tapete a responsabilidade de quem, de uma forma ou de outra, contribuiu para que a besta nazista cometesse a maior barbárie da história.
O acerto com a história ainda está para ser feito. Muitas coisas ainda estão para serem esclarecidas, Cobra-se muito de Stalin o acordo Motov-Ribentropp, mas absolve-se Chamberlain no nefasto Tratado de Munique, que de mãos beijadas entregou a Tchecoslováquia a Hitler.



Blog Judaico 
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