O anúncio levou a uma resposta imediata de Gideon Sa'ar, do Likud, que disse estar "pronto" para um potencial desafio de liderança. Tal batalha marcaria o primeiro desafio para Netanyahu dentro de seu próprio partido em uma década.
"O objetivo da medida é acabar com rumores de uma rebelião dentro do Likud, que impediria (outros partidos) de ingressar em um governo de unidade", disse o partido de governo em comunicado divulgado depois da reunião entre Netanyahu e o líder do Israel Nossa Casa (Yisrael Beytenu), Avigdor Liberman. O encontro entre os dois terminou sem avanços.
Em resposta ao anúncio do premier, o ex-ministro da Educação do Likud, Sa'ar, indicou que desafiaria Netanyahu na liderança do partido. "Estou pronto", tuitou.
Questionado ao chegar ao Knesset para a posse do novo Parlamento na tarde desta quinta-feira, Sa'ar evitou os repórteres e disse que a questão era "bastante clara" e que ele daria mais informações "quando for necessário".
Sa'ar é um rival de longa data do primeiro-ministro. No início deste ano, Netanyahu acusou Sa'ar de planejar um "golpe" contra ele, acusação que Sa'ar chamou de "falsa". O primeiro-ministro procurou manter Sa'ar fora da lista do Likud no Knesset, mas o ex-ministro da Educação venceu com amplo apoio e garantiu uma vaga de destaque nas eleições. Ele é o número 6 da lista do Likud no Knesset.
Sa'ar também criticou alguns dos esforços de Netanyahu para garantir sua imunidade contra processos nas investigações de corrupção contra ele.
