Na cerimônia de posse do 22º Knesset, o presidente Reuven Rivlin advertiu que a democracia israelense está em perigo e requer a formação de um governo o mais rápido possível.
Blog Judaico
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Rivlin e o presidente do Knesset, Yuli Edelstein, abordaram o longo período de incerteza política no país, que se estende desde a posse do 21º Knesset e sua dissolução em menos de dois meses, e que levou a novas eleições, num intervalo de menos de seis meses . Ambos disseram que a solução é um governo de unidade.
"Estamos enfrentando um momento de crise, uma emergência para a segurança de Israel, para a sociedade e para a democracia israelense", disse Rivlin. "Formar um governo não é apenas o desejo do povo. Mais do que nunca, em tempos como estes, é uma necessidade econômica e de segurança que não vemos há muitos anos".
Rivlin disse que uma ampla coalizão governamental permitiria aos israelenses ver que seus líderes "deixaram de lado as divergências e decidiram encontrar pontos de acordo para nos dar a oportunidade de respirar um pouco e curar feridas".
O presidente listou uma série de aspectos da "vida real" que o governo deve abordar, desde combater a ameaça iraniana, facilitar o acesso a creches e resolver questões como o aumento da criminalidade nas comunidades árabes.
Como de hábito às vésperas do Iom Kipur, Rivlin também pediu perdão aos israelenses por algo que possa ter feito em desacordo com as expectativas.
Edelstein se dirigiu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ao líder do Azul e Branco Benny Gantz, afirmando: "Meu escritório fica a poucos metros de distância. Podemos nos encontrar lá para sentar e conversar. Virem todas as páginas até encontrarem uma fórmula em comum. Nós podemos preencher as lacunas. E certamente podemos alcançar a unidade", disse.
O presidente do Knesset advertiu que os israelenses não perdoarão os líderes se houver uma terceira eleição em um ano. "Não nos enganemos, porque podemos culpar um ao outro. Todos nós vamos carregar essa culpa", advertiu.
Oito dos parlamentares empossados nesta quinta-feira são novatos no Knesset. O novo Knesset terá 28 mulheres, uma a menos do que o Knesset empossado em abril. O 20º Knesset (2015-2019) atingiu um recorde de 35 mulheres, mas ficou com apenas 28 imediatamente após a eleição. E o Knesset terá apenas quatro representantes da comunidade LGBT, contra cinco em abril.