
Psicóloga de 92 anos aplica lições que aprendeu em Auschwitz em terapias.
Assim Edith, a adolescente de 16 anos que só queria saber de dançar balé até o Exército alemão invadir seu vilarejo húngaro, foi apresentada a Auschwitz, em 1944. Descrita como a “Anne Frank que não morreu”, ela compartilhou sua história de superação no livro “A bailarina de Auschwitz” (editora Sextante).
Um dos relatos mais famosos, inclusive, a inspirou enquanto estudante de psicologia. Trata-se de “Em Busca de Sentido”, que Edith leu quase um quarto de século após o fim da Segunda Guerra Mundial e cujo autor, o psiquiatra Viktor Frankl, viraria seu mentor. “Não importa quão frustrante, chata, limitadora, dolorosa ou opressiva for nossa experiência; podemos sempre escolher como reagir”.

“Não tem verão sem inverno. É importante entender isso se você quer superar um trauma”, afirma ela, que pesava 32 quilos quando foi resgatada por soldados norte-americanos. Hoje ela se descreve como uma senhora ativa e ainda capaz de dar seus pulinhos de balé. Por fim, manda um recado: “O contrário da depressão é a expressão. A gente precisa se expressar, não suprimir os sentimentos”.
Fonte: Folha SP