Em visita a Israel, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que, “enquanto está em ascensão na Europa Ocidental, o antissemitismo está em declínio na Europa Oriental”. ”Na Hungria não há tolerância ao antissemitismo, e todos os judeus são protegidos pelo governo”. “E temos orgulho em dizer que, em nosso país, todos aqueles que se declaram judeus e levam um estilo de vida judaico podem se sentir seguros”, destacou Orban.
“Na Hungria, a tolerância é zero ao antissemitismo”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu a Orban por defender Israel no cenário mundial e por liderar um movimento contra a forma como o Estado judeu é tratado em fóruns internacionais. O líder húngaro destacou as “excelentes relações” entre Israel e a Hungria, o que, segundo afirmou, se devem às “excelentes relações pessoais entre líderes” dos dois países. “Nossos países têm ‘líderes patrióticos’ e esse é um ponto de partida para, juntos, podermos sempre encontrar algo em comum”.
Orban também destacou que o governo húngaro tem feito muito pela comunidade judaica no país, com a restauração de sinagogas, preservação de cemitérios e investimentos em educação. O premier húngaro disse ainda que ele e Netanyahu veem os desafios que o mundo enfrenta no século XXI de maneiras semelhantes.
“Concordamos totalmente que a segurança é prioridade para nossos países e que cada nação tem o direito de defender seus cidadãos. É nossa obrigação dar aos nossos cidadãos a segurança de que necessitam”, disse ele, numa clara referência às críticas que vem sofrendo pela política anti-imigração de seu país. Netanyahu disse a Orban que Israel também vem “defendendo a Europa de várias maneiras”, na luta contra o Islã radical.
No ano passado, Orban foi alvo de críticas por ter elogiado como um “excepcional estadista” Miklos Horthy, o líder húngaro durante a Segunda Guerra Mundial, período em que 600 mil a 800 mil judeus do país foram assassinados pelos nazistas - com a ajuda de cúmplices húngaros - entre março 1944 a janeiro de 1945.
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