
Na carta de demissão dirigida à premiê britânica, Theresa May, Patel reconheceu que as suas ações ficaram aquém do esperado. "Aceito que, ao reunir-me com organizações e políticos durante minhas férias particulares em Israel, minhas ações ficaram abaixo do alto padrão que se espera de uma ministra", afirmou.
Patel estava sob pressão desde a semana passada, quando a imprensa britânica revelou que a ministra teve 12 reuniões com membros do alto escalão do governo de Israel em agosto, durante suas férias. Ela, inclusive, chegou a se encontrar com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.
Além dos encontros, Patel desrespeitou os protocolos do governo do Reino Unido ao visitar territórios ocupados por Israel nos Altos de Golã. Ao retornar da viagem, a ministra chegou a pedir ao Ministério britânico do Exterior que considerasse apoiar as operações humanitárias do Exército de Israel nessa região.
O Reino Unido, assim como outros membros da comunidade internacional, nunca reconheceu o controle de Israel nos Altos de Golã, que pertenciam à Síria até a Guerra dos Seis Dias em 1967.
Deputada desde 2010 pelo Partido Conservador, Patel é membro do grupo de parlamentares Amigos Conservadores de Israel.
Patel é a segunda ministra a renunciar no Reino Unido em uma semana. Na última quarta-feira, o titular do Ministério da Defesa, Michael Fallon, deixou o cargo após ser acusado de assédio sexual.