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Brianna Brochu foi acusada por crime de ódio nos Estados Unidos Foto: Divulgação/Departamento de Polícia de West Hartford |
Uma estudante branca de 18 anos foi acusada por crime de ódio e expulsa da Universidade de Hartford, em Connecticut, nos Estados Unidos, após contaminar a escova de dente e loções faciais da colega de quarto negra, além de outros pertences dela. Com isso, Brianna Brochu pretendia provocar a saída de Chennel Rowe, a quem ela se referia como "Barbie jamaicana". A decisão foi tomada por um tribunal nesta quarta-feira.
"Depois de um mês e meio cuspindo no óleo de coco dela, colocando molusco mofado em suas loções, esfregando tampões usados em sua mochila, colocando a escova de dentes dela em locais onde o sol não alcança, e muito mais, finalmente posso dizer adeus para a Barbie jamaicana", dizia o texto publicado no perfil de Brianna no Instagram, que já foi deletado.
Chennel contou, numa transmissão ao vivo no seu perfil do Facebook, na segunda-feira, que, ao ler a publicação, entendeu por que ela se sentiu mal diversas vezes, com muita dor de garganta, por exemplo.
"Eu me mudei porque senti que não era querida em meu próprio quarto", disse.
A história repercutiu nas redes sociais e internautas reagiram com revolta às atitudes de Brianna por meio do compartilhamento da hashtag #justiceforjazzy (Justiça para Jazzy, em português), sendo Jazzy o nome utilizado por Chennel no Facebook.
O post de Brianna, aliás, originou a acusação contra a universitária, conforme informou o "The New York Times". De acordo com o tenente Michael Perruccio, do departamento de polícia de West Hartford, o caso começou a ser investigado no último 18 de outubro. No entanto, foi somente no último sábado que Brianna se entregou. Ela já tinha antecedentes.
A jovem foi expulsa da universidade, onde 15% dos alunos da graduação são negros, segundo um comunicado emitido pela instituição. A ex-aluna também pode responder a um processo criminal devido a suas maldades.
"Brianna Brochu não é mais uma estudante da Universidade de Hartforg", afirmou o presidente da unidade, Gregory S. Woodward.
Chennel fez o vídeo para tirar dúvidas das pessoas referente ao caso e para expor o que ela passou durante o início de seu período na faculdade, já que ela é uma caloura. Apesar de a instituição de ensino ter decido expulsar a colega de quarto, a vítima frisou que, a princípio, a universidade tentou abafar a história.
"Se as raças fossem invertidas, tenho a impressão de que o rumo tomado seria outro", disse a estudante sobre o pedido que a faculdade lhe teria feito para manter-se em silêncio diante do fato.
A porta-voz da universidade, Molly Polk, afirmou que a instituição seguiu o procedimento padrão em uma situação como essa e "imediatamente relatou o caso à polícia".
"A universidade seguiu rigorosamente e rapidamente todos os processos legais relacionados a este alegado evento. As afirmações em contrário são baseadas em informações erradas", afirmou, também de acordo com o jornal americano. "Atos de racismo, viés, bullying ou outros comportamentos abusivos não serão tolerados neste campus", completou.