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Palestinos e israelenses tem novos confrontos

Palestinos e israelenses tem novos confrontos

Palestinos e soldados israelenses entram em confronto na Cisjordânia.

Palestinos se mobilizam para apoiar greve de fome de prisioneiros. 

Soldados responderam com procedimentos de controle de distúrbios, diz Israel.


Palestinos e soldados israelenses se enfrentaram nesta sexta-feira (28) na Cisjordânia ocupada durante a jornada semanal de mobilização dedicada a prisioneiros palestinos que estão em greve de fome, informa a agência de notícias France Presse.

Os palestinos fizeram nesta quinta uma greve geral em solidariedade com os 1.500 detentos em greve de fome há 12 dias nas prisões israelenses, um movimento sem precedentes, segundo os organizadores.

Palestinos e israelenses tem novos confrontosIncidentes violentos foram registrados nas imediações de assentamentos em Ramallah, Hebron, Bethlehem e no norte da Cisjordânia. Em Bethlehem, palestinos jogaram pedras contra os policiais, que responderam com balas de borracha e gás lacrimogêneo, informa a Associated Press.

Israel afirmou que cerca de 2 mil palestinos "participaram de distúrbios violentos" em diversos locais da Cisjordânia e que os soldados responderam com procedimentos de controle de distúrbios.

Soldados israelenses disparam contra palestinos durante confronto em manifestação nesta sexta-feira (28) em Beita, ao sul da cidade de Nablus (Foto: AP Photo/Majdi Mohammed) 
Palestinos e israelenses tem novos confrontos


Soldados israelenses disparam contra palestinos durante confronto em manifestação nesta sexta-feira (28) em Beita, ao sul da cidade de Nablus (Foto: AP Photo/Majdi Mohammed)

Um porta-voz do governo palestino disse que três pessoas foram hospitalizadas. Já o diretor de um hospital em Ramallah afirmou que mais de 20 pessoas ficaram feridas, a maioria com ferimentos na perna e que não correm risco de vida.
O movimento da greve de fome foi convocado por Marwan Barghuti, líder preso do Partido Fatah do presidente Mahmud Abbas. Barghuthi cumpre cinco penas de prisão perpétua por atentados cometidos durante a segunda Intifada (2000-2005). De acordo com a AP, ele foi condenado por comandar dois ataques a tiros e outro a bomba, que matou cinco pessoas.

Israel afirmou que não negociará com os grevistas, afirmando que "a convocação de greve de fome é contrária ao regulamento" da prisão, segundo o ministro israelense da Segurança Interior, Gilad Erdan.

Estado de saúde

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), única organização internacional autorizada a visitar os detentos palestinos nas prisões israelenses, disse que alguns deles, como Barghuthi, encontram-se em um "perigoso" estado de saúde.

Durante nove dias, o CICV não teve acesso aos prisioneiros, contudo, "no décimo primeiro dia, nossas equipes (...) puderam se encontrar com centenas de palestinos detidos em duas prisões israelenses", indicou à AFP o porta-voz do CICV, Jesús Serrano Redondo. "O objetivo é visitar todos nos próximos dias".
O Clube dos Presos Palestinos, ONG responsável pela questão dos prisioneiros nos territórios ocupados, informou em um comunicado que os grevistas sofreram "maus tratos", bem como a imposição de multas para quebrar o movimento.

Quem são os presos?

Os cerca de 1.300 palestinos em greve de fome, segundo a Autoridade Palestina, pertencem a todos os movimentos políticos palestinos, do Fatah e de Barghuthi, aos partidos de esquerda, passando pelo Hamas islamita que saudou os "valentes prisioneiros" grevistas.

Esta greve de fome pretende "acabar com os abusos" da administração penitenciária israelense, indicou Barghuthi, em uma coluna enviada ao jornal americano "The New York Times" a partir de sua prisão de Hadarim, no norte de Israel. Como represália, foi colocado em isolamento em outra prisão.

Os prisioneiros pedem, entre outras coisas, telefones públicos nas prisões, direitos de visita ampliados, o fim das "negligências médicas" e do regime de isolamento, assim como o acesso a canais de televisão e a ar-condicionado.


O tema dos presos é crucial para os palestinos. 

Cerca de 850 mil palestinos, no total, foram presos desde 1967 e a ocupação dos Territórios palestinos, segundo seus dirigentes. Entre os 6.500 palestinos atualmente detidos em Israel figuram 62 mulheres e 300 menores de idade. 

Cerca de 500 deles estão sob o regime extrajudicial da detenção administrativa que permite uma detenção sem processo nem acusação. Além disso, também há 13 deputados palestinos presos.

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