Prime Minister Benjamin Netanyahu and Culture and Sports Minister Miri Regev |
JERUSALÉM — O governo de Israel anunciou na segunda-feira que vai avançar com milhares de novas casas em Jerusalém Oriental, num desafio claro ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que aprovou uma resolução condenando os assentamentos israelenses. A prefeitura de Jerusalém sinalizou que pretende aprovar na quarta-feira a construção de mais 600 casas na parte oriental predominantemente palestina, que deverão ser as primeiras de um conjunto de 5.600, de acordo com o jornal “The New York Times”.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou a medida na sexta-feira, depois da abstenção dos Estados Unidos, que não usou seu direito de veto para apoiar seu aliado mais próximo no Oriente Médio. Trata-se da primeira resolução adotada desde 1979 para condenar Israel por sua política de assentamentos.
A medida condena as colônias tanto na Cisjordânia como em Jerusalém Oriental, considerando-as “uma flagrante violação da lei internacional” e um obstáculo à paz, e exige que “Israel cesse imediatamente e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou a resolução, qualificando-a de golpe vergonhoso contra Israel, e afirmou que por trás dela estavam o presidente Barack Obama, e o secretário de Estado americano, John Kerry.
Em retaliação, Israel adiou, por tempo indeterminado, a visita do primeiro-ministro ucraniano por causa do apoio de Kiev à resolução da ONU.
Os embaixadores em Israel de dez dos 14 países-membros do Conselho de Segurança que votaram o texto foram convocados no domingo de Natal pela chancelaria israelense.