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Morre o Prêmio Nobel da Paz Shimon Peres

Morre o  Prêmio Nobel da Paz Shimon Peres Um dos maiores ícones da História israelense, o ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz Shimon Peres morreu na noite de terça-feira, aos 93 anos, informou a agência estatal Israel News Agency. Ele estava hospitalizado desde 13 de setembro depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral no início do mês. Com uma carreira de quase 70 anos, o político ajudou a construir o Estado de Israel, foi várias vezes ministro, duas vezes premier e é tido como um dos artífices das tentativas de paz com a população palestina.

  CRONOLOGIA  
 
   2.ago.1923      
Nasce na Polônia  
   1934      
Emigra com a família para a Palestina, então administrada pelo Reino Unido  
   1945      
Casa-se com Sonya Gelma  
   1953      
Torna-se o mais jovem diretor-geral do Ministério da Defesa de Israel até hoje  
   1959      
É eleito para o Knesset, o Parlamento israelense  
   1974      
Torna-se ministro da Defesa no governo de Yitzhak Rabin  
   1984      
Torna-se primeiro-ministro de Israel, posto que exerce até 1986  
   1994      
Recebe o Nobel da Paz junto a Yitzhak Rabin e Yasser Arafat  
   1995      
Após o assassinato de Rabin, volta a assumir, durante oito meses, o governo de Israel  
   2007      
Assume a Presidência de Israel, cargo de caráter cerimonial que ocupa até 2014


Para a memória mais imediata, principalmente na das gerações recentes, Peres se coloca entre os pacificadores e líderes carismáticos. Ele fundou um centro para a promoção da tolerância que leva seu nome e inclui, em seu currículo, um Nobel da Paz recebido em 1994 pelas negociações que levaram aos Acordos de Oslo.

Mas, como o Estado de Israel, o presidente tem uma trajetória que vai além da imagem política.

Ele é apontado não apenas como prócer da coexistência entre israelenses e palestinos, sobre a qual discursa ao redor do mundo, mas também como mentor da campanha militar do Sinai, em 1956, e como idealizador da política de assentamentos que, hoje, é apontada como um dos principais entraves à paz no Oriente Médio.

Peres nasceu em Wieniawa, no território que era então considerado polonês. Hoje, a cidade chama-se Vishniev e está dentro das fronteiras de Belarus. O presidente testemunhou, pouco depois, outra alteração territorial, pois migrou com sua família aos 11 anos à Palestina do Mandato Britânico ;mas o território passou a ser o Estado de Israel em 1948, após conflitos regionais.
Nos anos entre sua imigração e a formação do país que um dia governaria, tanto como premiê quanto como presidente, Peres cresceu em Tel Aviv e nos "kibutzim" (comunidades agrícolas) Geva e Alumot, onde trabalhou como fazendeiro e pastor.
Ele foi eleito, em 1943, secretário do movimento juvenil Trabalhista-Sionista. Em 1945, casou-se com sua namorada Sonya, com quem teve, ao longo da vida, três filhos.

Em 1947, Peres foi recrutado pelo líder carismático David Ben-Gurion (1886-1973) a partir de então seu mentor político; para as fileiras da Haganah, embrião das futuras Forças de Defesa de Israel.


Aos 24 anos, nos últimos desdobramentos da guerra pela independência israelense, foi escolhido chefe da Marinha e, em seguida, diretor da delegação do Ministério da Defesa aos EUA. No país, estudou na Escola de Nova York para a Pesquisa Social e na Universidade Harvard.

Photo: AFP
Obama condecora Peres
A carreira de Peres seguiu na senda militar. Ele foi promovido em 1953 a diretor-geral do Ministério da Defesa. Mantido no cargo até 1959, ele ajudou a moldar o programa nuclear israelense e a planejar a operação no deserto do Sinai, em 1956. Durante esse período, Peres foi um dos responsáveis por estreitar os laços entre Israel e a França no campo militar.
A guinada para apontar sua imagem como líder político veio em 1959, quando foi eleito ao Parlamento israelense. Peres assistiu à história de Israel, nos anos seguintes, sentado nas cadeiras de diversas posições no governo, atuando como ministro da Absorção de Imigrantes, de Transporte e Comunicações, da Informação e, mais uma vez, da Defesa.

Autor da política de aproximação entre Israel e a população ao sul do Líbano, Peres tornou-se primeiro-ministro interino por dois meses, após a renúncia de Yitzhak Rabin (1922-1995), em 1977. O posto abriu caminho para que fosse escolhido depois, em 1984, como premiê do governo de unidade nacional, após duas derrotas nas urnas.

Na sequência das eleições de 1992, Peres tornou-se chanceler israelense, período durante o qual ajudou a articular as negociações dos Acordos de Oslo. A proposta para a paz entre israelenses e palestinos, hoje considerada um fracasso por nunca ter atingido seus objetivos, lhe rendeu à época o Nobel da Paz de 1994, ao lado de Rabin e do líder palestino Yasser Arafat (1929-2004).
 
É a partir desse período que Peres passa a construir sua imagem em torno da coexistência entre palestinos e israelenses, uma formulação que ainda não convence parte de seus detratores, que lembravam-se nos últimos dias durante a internação do político de sua participação em conflitos.

Em 1994, foi assinada a paz com a Jordânia. Deu-se início, também, à campanha pela melhora nas relações com os demais Estados árabes na região.
Prime Minister Benjamin Netanyahu with then-president Shimon Peres on October 10, 2012 (Moshe Milner/GPO/FLASH90)
Bibi e Peres
Peres voltou ao cargo de premiê em 1995 após o assassinato de Rabin por um extremista judeu, em desacordo contra os Acordos de Oslo. 
A onda de violência minava, nesse período, as perspectivas da paz na região, corroendo o texto antes assinado.
Já identificado com o tema, Peres fundou, em 1996, o Centro Peres para a Paz, que tem hoje sua sede em um elegante prédio diante do Mediterrâneo, na área metropolitana de Tel Aviv.
Nos anos seguintes, o político voltou a ocupar cargos no governo, incluindo o Parlamento, a chancelaria e o posto de vice-premiê.

Em 2007, Peres foi eleito o nono presidente do Estado de Israel, para um mandato de sete anos. Ele foi substituído no cargo, em 2014, por Reuven Rivlin.


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1 Comentários
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  1. Shimon Peres será enterrado na sexta-feira. O Presidente Obama em uma mensagem a família demonstrou sua admiração pelo ex-presidente, o homem da paz, estará presente para prestar suas homenagens e respeito. E esperada também que outros líderes mundiais estejam presentes prestando sua ultima homenagem ao grande homem que Israel e o mundo perderam. Descanse em paz

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