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Mulheres já são metade dos refugiados no Rio

Mulheres já são metade dos refugiados no RioMulheres já são metade dos refugiados acolhidos no Rio.

Em 40 anos, Cáritas da Arquidiocese registrou crescimento de 82% no número de estrangeiros. Maioria é de Angola.

Desde o início do ano, o número de refugiadas mulheres vem se igualando ao dos homens. Há 40 anos, quando a Cáritas da Arquidiocese do Rio de Janeiro iniciou seu trabalho de acolhida aos estrangeiros perseguidos em seus países de origem, 68,4% dos refugiados eram do sexo masculino. Hoje, mulheres e mães com filhos estão conseguindo escapar da violência e fugir para o Brasil.

O anúncio, feito nesta terça-feira pela Programa de Atendimento a Refugiados da Arquidiocese, na comemoração do 40º aniversário de acolhida, também mostra que há um aumento considerável da entrada de imigrantes refugiados na cidade. Se em 2014, o Rio recebeu 458 pessoas, no ano passado, o número quase dobrou: 834 asilados. Até o fim de março, foram atendidas 210 pessoas. 
A República Democrática do Congo, na África, considerada a ‘capital mundial da violência sexual’, encabeça a lista de refugiados no Rio. Só neste ano, 116 habitantes do país africano desembarcaram no Aeroporto do Galeão. Em 2015, o número também foi alto, 331. Nos últimos dois anos, a Síria, envolvida numa guerra civil, ocupou o segundo lugar. De janeiro a março, Angola e Venezuela passaram à frente do país árabe, com 26,2% do total de refugiados.

Com muita coragem, a congolense Mireille Muluila chegou ao Rio em 2014 em busca de um recomeço. Ela teve a casa invadida por rebeldes, onde uma tia foi violentada. “É muito triste a situação do meu país. Ouvia os gritos dela de longe, lá da rua, um pesadelo”, contou a refugiada, que foi avisada a tempo para não retornar ao lar, após um dia de trabalho. No Congo, situações como esta são comuns, inclusive contra crianças. Homens são forçados a trabalhar como escravos para grupos extremistas. 

Para o arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani Tempesta, a nova vida dada aos estrangeiros é uma lição de solidariedade. “Em tempos de crise econômica, nos inspiramos naquele que divide o feijão e arroz com o vizinho, que não tem o que comer, mesmo tendo ele mesmo recursos bem limitados. Podem parecer que recebemos pouco aqui no Rio, mas todos são bem acolhidos”, orgulhou-se o cardeal.

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