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Marido de Dafna com os filhos |
Israel prende palestino suspeito de matar mulher na Cisjordânia.
Ela foi a 1ª mulher israelense morta em muito tempo dentro de uma colônia.
Grávida foi agredida na colônia de Tekoa.
O exército de Israel anunciou a detenção de um adolescente palestino suspeito de assassinar uma israelense no domingo em sua residência em uma colônia da Cisjordânia ocupada. Dafna Meir foi a primeira mulher israelense assassinada em muito tempo dentro de uma colônia.
O detido, que não teve a idade e o nome revelados, é natural de uma localidade próxima à colônia Otniel, onde Dafna Meir, de 38 anos, morreu ao ser esfaqueada depois de lutar para defender os filhos, informa um comunicado militar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que a casa do adolescente palestino será destruída. "Vamos destruir a casa do terrorista", declarou Netanyahu, segundo seu gabinete, durante uma visita à colônia de Otniel, no sul da Cisjordânia, onde Dafna Meir, enfermeira e mãe de seis filhos, foi estaqueada até a morte.
Netanyahu voltou a acusar a Autoridade Palestina de contribuir para propagar o ódio. "O ódio que provocou este assassinato tem uma origem: é a campanha de incitação executada pela Autoridade Palestina e outros elementos como o Movimento Islâmico e o Hamas, e já é hora de que a comunidade internacional acabe com a hipocrisia e chame por seu nome as coisas", afirmou.
Grávida
O assassinato de Dafna Meir, seguido na segunda-feira por um ataque com faca contra outra israelense em uma colônia, provocou uma forte comoção em Israel e o temor de que a violência de extremistas palestinos ganhe uma nova dimensão.
Os atos de violência até agora tinham como alvos homens e não haviam acontecido dentro dos portões protegidos das colônias da Cisjordânia, os assentamentos nos territórios ocupados por Israel desde 1967.
A tensão aumentou quando outra israelense, de 30 anos e grávida de cinco meses, foi esfaqueada na rua em outra colônia, Tekoa. O agressor, um palestino de 17 anos, foi ferido pelos tiros das forças de segurança.
Os atos de violência provocaram 179 mortes, sendo 155 palestinos e 24 israelenses, desde 1º de outubro, segundo um balanço da AFP.
Após os últimos ataques, o exército israelense anunciou na segunda-feira a proibição do acesso nesta terça-feira dos palestinos às colônias israelenses da Cisjordânia ocupada.
A medida será aplicada nesta terça-feira e será reexaminada "diariamente de acordo com a evolução da situação", anunciou o exército.