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Que se preocupem com os terroristas

Que se preocupem com os terroristasPor Rabino David Azulay
 
Por Osias Wurman
Cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro


Alguns dias antes do massacre terrorista em Paris, em 13 de novembro, a União Europeia (UE) aprovou a discriminação dos produtos israelenses originários da Cisjordânia, onde 15 mil palestinos ganham o pão de cada dia como operários das empresas israelenses ali estabelecidas. Em uma mesma medida, a UE conseguiu agredir um Estado membro da ONU e afagar os movimentos de boicote que cultuam o ódio e o terror.

Até agora, nada foi dito pelos europeus, de forma crítica e contundente, sobre os apunhalamentos, atropelamentos e fuzilamentos de que são vítimas os cidadãos israelenses nos últimos meses. Vale lembrar que o DNA dos atentados em Paris e no Oriente Médio é o mesmo: matar civis a sangue frio, de forma inesperada e violenta, com o objetivo de implantar o medo e o terror entre indefesos.

Em 29 de novembro, completaram-se 68 anos da "Partilha da Palestina", resolução das Nações Unidas que decidiu, em 1947, a divisão da região em um Estado árabe e outro judeu. Passadas quase sete décadas, ainda não surgiu um só líder palestino que tivesse aceitado admitir publicamente, em alto e bom som, o caráter judaico do Estado de Israel. Sem esta explícita aceitação, não haverá a tão desejada paz entre israelenses e palestinos. Por esta teimosia, pagam os que vivem as agruras em Gaza e na Cisjordânia, bem como os milhares de refugiados palestinos que habitam os países árabes vizinhos.

Não podemos também esquecer que mais de 23 mil israelenses tombaram, em 67 anos de independência, defendendo o direito à existência do Estado judaico.

O poder político da União Europeia é enorme e poderia ser usado a favor de um breve restabelecimento nas negociações diretas entre palestinos e israelenses. No entanto, os 28 países do Velho Continente optaram pelo caminho demagógico de contemplar a multidão, em vez da razão, estimulando as investidas dos movimentos de deslegitimização de Israel, chegando ao cúmulo de pretender rotular e segregar bens de consumo popular em nome da paz.

Os europeus ainda não mostraram pleno entendimento em assuntos emergenciais no quintal da própria Europa e já apontam um dedo torto numa região tão complexa como o Oriente Médio. Na verdade, deveriam tratar da onda imigratória que invade a Europa, assunto prioritário para seus cidadãos, e que já divide nações como a hospitaleira Alemanha e a refratária Hungria.

Antes de tentar imiscuir-se nos assuntos do enigmático Oriente Médio, rotulando e discriminando produtos israelenses, os europeus deveriam carimbar os terroristas que circulam livremente em seus países, provocando mortes, pânico e repúdio mundial.

Publicado em O Globo

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