Os crentes clandestinos: os descendentes dos seguidores do falso Messias

Os crentes clandestinos: os descendentes dos seguidores do falso Messias

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Os crentes clandestinos: os descendentes dos seguidores do falso Messias
Os crentes clandestinos: os descendentes dos seguidores do falso Messias Shabatai Tzvi na Turquia.

Eles sĆ£o conhecidos por sua caminhada sabĆ”tica semanal atĆ© o rio, as cerimĆ“nias secretas em apartamentos e celebraƧƵes do nono dia de Av. Os descendentes da seita Sabbatean “Donmeh”, que se converteu ao IslĆ£ no sĆ©culo 17, nas sombras de seu falso messias de Smyrna (Izmir), mas que, no entanto, continuou a praticar os costumes judaicos. Muitos estĆ£o se assimilando na sociedade turca. Mas hĆ” tambĆ©m aqueles que anseiam retornar ao povo judeu.

Asher Flori quando crianƧa no Kosovo, percebeu que era um pouco diferente do resto de seus colegas. Sua mĆ£e, que havia nascido em uma famĆ­lia que emigrou da Turquia, comportava-se aparentemente como todo mundo, mas dentro de casa, observava outros costumes. Toda sexta-feira acendia velas, cozinhava peixe, e certificava-se de que todos na famĆ­lia se banhavam. Na manhĆ£ de sĆ”bado, ela ia a pĆ© para a beira do rio, para esperar o “Messias” retornar.

Os crentes clandestinos: os descendentes dos seguidores do falso MessiasApĆ³s uma breve investigaĆ§Ć£o, Flori descobriu que ele era filho de descendentes de judeus shabbetaĆ­stas que acreditaram no falso Messias, Shabatai Zevi. Flori comeƧou a investigar o assunto depois que sua mĆ£e faleceu hĆ” alguns anos atrĆ”s e desde entĆ£o se aproximou ainda mais do JudaĆ­smo. “Tenho uma esposa e queremos nos casar em uma cerimĆ“nia de casamento judaico”, diz ele, entendendo que isso provavelmente irĆ” exigir que ele passe por uma conversĆ£o. “Temos um filho de dois anos e um filho de 6 meses, e queremos educĆ”-los de acordo com os valores judaicos.”

Flori, a Donmeh from Kosovo, putting on Tefillin

A histĆ³ria de Flori nĆ£o Ć© rara: aparentemente, vĆ”rios milhares de descendentes de judeus “Sabbatean” vivem hoje, principalmente na Turquia. Mesmo que a maioria destes jĆ” nĆ£o mantĆŖm o estilo de vida Ćŗnico do grupo, que inclui costumes claramente judaicos, estes foram educados neste meio familiar e lembram bem suas experiĆŖncias “clandestinas”. Muitos deles tĆŖm se assimilado na sociedade turca, de forma que o nĆŗmero do grupo estĆ” diminuindo, mas existem alguns entre eles que gostaria de voltar totalmente ao judaĆ­smo.

Uma incrĆ­vel lembranƧa sobre a existĆŖncia da seita “dƶnme”, como sĆ£o conhecidos, foi encontrada em uma notĆ­cia anunciada em 1932 pela agĆŖncia de notĆ­cias judeu-americana, JTA. “Em Istambul hĆ” uma comunidade ‘dƶnme’ de 15.000 membros que acreditam no falso Messias Shabatai Tzvi”. De acordo com o artigo, apesar da aparĆŖncia turca dos dƶnme, eles se reĆŗnem em apartamentos secretos, lĆŖem artigos judaicos, e observam costumes judaicos em suas casas. Foi observado tambĆ©m que, “os homens tĆŖm dois nomes; um Ć© o nome religioso em hebraico, que mantĆŖm em segredo, e o segundo Ć© em turco. Eles acreditam que o Messias aparecerĆ” no sĆ”bado, e, portanto, enviam suas esposas e filhos para a beira do mar para ver se hĆ” um navio no horizonte. Os rabinos do dƶnme estĆ£o muito familiarizados com a BĆ­blia e conhecem o texto judaico mĆ­stico do Zohar, quase que de memĆ³ria. ”

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Shabbetai Zevi

ExcelĆŖncia em CabalĆ” (misticismo judaico)

Shabatai Tzvi foi o carĆ”ter messiĆ¢nico mais importante e influente na histĆ³ria do povo judeu apĆ³s Jesus. Durante um curto perĆ­odo em 1665 ele arrebatado diversas comunidades judaicas que acreditaram que ele iria redimir a naĆ§Ć£o de Israel e devolvĆŖ-los Ć  sua terra. Como conseqĆ¼ĆŖncia da conversĆ£o de Shabatai Tzvi ao IslĆ£, apĆ³s o sultĆ£o otomano ameaƧƔ-lo de morte caso nĆ£o o fizesse, a maioria de seus seguidores, em seguida, abandonaram, decepcionados, o “Messias”.

Mas um pequeno grupo de fortes “Maaminim” (hebraico para “crentes” – os historiadores muitas vezes se referem a eles como shabetaĆ­stas ou pelo termo turco “dƶnme”) se converteram juntos com Shabatai Tzvi, enquanto desenvolviam diferentes ensinamentos cabalĆ­sticos sobre o papel mĆ­stico do messias que existiria, especificamente, atravĆ©s de sua conversĆ£o ao IslĆ£ e de sua descida Ć  impureza espiritual (“Klipot” – cascas).

Michael Freund, fundador da organizaĆ§Ć£o Shavei Israel, estĆ” em contato com alguns desses descendentes Sabbatean, bem como com outras tribos perdidas e comunidades judaicas escondidas. Ele descreveu o modo de vida dos dƶnme como extremamente complexo. “Mesmo que eles, exteriormente, observam as leis do IslĆ£, eles observam os costumes mĆ­sticos diferentemente de seus vizinhos muƧulmanos”, disse ele. “Muitos deles continuam a observar costumes como os feriados judaicos, estudar o Zohar e recitar capĆ­tulos dos Salmos, diariamente. Eles observam os “18 mandamentos” de Shabatai Tzvi que foram passados de geraĆ§Ć£o em geraĆ§Ć£o. Entre essas “leis” estĆ” a proibiĆ§Ć£o de casar-se fora do grupo”.

Por muitos anos os dƶnme viveram na cidade grega de SalĆ³nica, atĆ© que eles foram exilados para a Turquia em 1923, como parte da troca de populaĆ§Ć£o entre os dois paĆ­ses, apĆ³s a Primeira Guerra Mundial. “Isso os salvou do destino que teve os judeus gregos, a maioria dos quais foram assassinados pelos nazistas”, disse Freund. “Apesar de que, mais de 300 anos se passaram desde que os dƶnme se converteram, os muƧulmanos da Turquia ainda olham para eles com desconfianƧa. A mĆ­dia local acusa-os, por vezes, de ser parte da conspiraĆ§Ć£o sionista internacional. NĆ£o Ć© Ć  toa que eles decidiram passar para a clandestinidade e levar uma vida dupla, a fim de sobreviver.”

HĆ” alguns anos atrĆ”s Freund visitou Istambul e pediu para conhecer a nova geraĆ§Ć£o dos dƶnme. Um deles, chamado Uri, pediu para nĆ£o usar seu nome completo, temendo pela sua seguranƧa. Ele concordou em atender Freund por causa de seu desejo de retornar ao judaĆ­smo.

“Eu o conheci no saguĆ£o de um pequeno hotel, e ele parecia muito estressado”, descreveu Freund. “Constantemente olhava em volta, com medo de que alguĆ©m que o conhecesse o vesse numa reuniĆ£o com um judeu, que vestia um solidĆ©u de Israel. Ele me disse ‘Estou cansado de me esconder, jĆ” agi enganosamente o suficiente. Quero voltar para o meu povo e ser um judeu”. Fiquei surpreso com o nĆ­vel de conhecimento que ele tinha sobre conceitos cabalĆ­sticos, e nĆ£o estou me referindo ao tipo de CabalĆ” que a Madonna, e outros de Hollywood, estudam. Falo sobre a real.”

A esperanƧa Ʃ tudo o que temos

Uri levou Freund para um passeio ao redor da cidade, e lhe mostrou o cemitĆ©rio dos dƶnme, muito diferente do cemitĆ©rio muƧulmano. Desde entĆ£o, Uri jĆ” retornou ao judaĆ­smo nos Estados Unidos, com a assistĆŖncia de Freund. Quando oferecemos entrevistĆ”-lo, Uri pediu para enviar as perguntas por e-mail para Freund, a fim de proteger sua identidade.

O termo ‘dƶnme’ Ć© considerado depreciativo (os membros do grupo chamam-se de ‘Maaminim’, ou em Ladino, ‘Los Maaminimas’). Em resposta Ć  nossa primeira pergunta, Uri tentou explicar o mundo no qual ele cresceu. “Os Maaminim consideram-se descendentes dos israelitas e consideram os judeus, herĆ©ticos. Quando os judeus estavam no Egito, eles nĆ£o foram os Ćŗnicos escravos, mesmo que eram a maioria. Outros escravos tambĆ©m deixaram o Egito junto com eles. Os Maaminim acreditam que por causa da mĆ” influĆŖncia dos judeus, aconteceu o episĆ³dio do pecado do Bezerro de Ouro. Os Maaminim acreditam que sĆ£o a continuaĆ§Ć£o de MoisĆ©s, ArĆ£o e os filhos da tribo de Levi, estes sim, os verdadeiros judeus.

Donmeh Purim party
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Os ‘dƶnme’ celebram o Nove de Av, ao invĆ©s de jejuar neste dia, um costume que comeƧou nos tempos de Shabatai Tzvi, baseados na crenƧa de que o Messias jĆ” tinha vindo. Em Purim, Uri conta, existem costumes especiais: “os Maaminim colocam um prato vazio na mesa e deixam um quarto com uma cama vazia, no caso de o Messias voltar, pois Purim Ć© um dia em que milagres acontecem. Uma vez por ano, Ć© celebrado um dia especial chamado de “Santo SĆ”bado” que se destina a compensar o resto dos sĆ”bados que nĆ£o podemos cumprir, uma vez que devemos nos parecer como os muƧulmanos. Em paralelo, mantivemos o calendĆ”rio judaico intacto.”

Eles estudam CabalĆ” e acreditam no seu poder prĆ”tico. “Me contaram que os rabinos Sabbatean podem mover mesas e cadeiras no ar”, relata Uri. “Para participar da oraĆ§Ć£o, um homem deve se casar com uma mulher “Maaminim”, e Ć© proibido se divorciar. Homens e mulheres participam da oraĆ§Ć£o em conjunto. Todas as cerimĆ“nias acontecem em apartamentos especiais cuja localizaĆ§Ć£o Ć© mantida em segredo. Neste lugar, ambas as aulas de histĆ³ria e religiĆ£o sĆ£o dadas para a juventude”.

Os seguidores de Shabatai Tzvi, afirma Uri, nĆ£o acreditam que ele realmente se converteu ao IslĆ£. Eles acreditam que ele agiu exteriormente como se fosse um convertido, mas em segredo manteve seu judaĆ­smo. “Os shabetaĆ­stas explicam que sua conversĆ£o foi ‘uma descida com o propĆ³sito de uma ascensĆ£o’.”

“TĆŖmos leis diferentes, como, por exemplo, que nĆ£o Ć© possĆ­vel se tornar um membro dos Maaminim mas Ć© preciso nascer assim, e vice-versa. Se perguntarem por que vocĆŖ nĆ£o jejua ou reza junto com os outros muƧulmanos, vocĆŖ pode responder que Ć© “uma pessoa secular e segue Ataturk” (fundador da RepĆŗblica Turca e o primeiro presidente). “Como vocĆŖ pode ver”, disse Uri, “nĆ£o tĆŖmos nenhuma ligaĆ§Ć£o histĆ³rica com os muƧulmanos ou com os turcos, e, por outro lado, Ć© razoĆ”vel supor que os pais dos meus pais construiram pirĆ¢mides no Egito, junto com os pais dos seus pais. Por isso, Ć© difĆ­cil para mim me definir como um muƧulmano ou como um turco. NĆ£o temos nada em comum.”

“A maioria dos shabetaĆ­stas nĆ£o tem expectativas de Israel. Voltar para Israel ou para o judaĆ­smo Ć© impossĆ­vel para eles. HĆ” aqueles que ficam felizes quando alguĆ©m dos Maaminim se casa com um judeu ou uma judia, mas eles tĆŖm medo de expressar isso. Quando me casei com minha esposa, que Ć© judia, meus pais me disseram que seria uma pessoa exilada e estaria excomungado. Talvez atĆ© um tempo atrĆ”s eu consideraria isso que um tipo de ameaƧa, mas hoje isso nĆ£o me incomoda em nada. Nada mudou na minha vida, e eu ainda estou em contato com a maioria deles. SĆ£o curiosos para saber sobre tudo aquilo que passei, mas nĆ£o tĆŖm a coragem de perguntar;”

Existe uma chance de vocĆŖ se mudar para Israel no futuro?

“Acredito que sim; esperanƧa Ć© a Ćŗnica coisa que tĆŖmos. Michael Freund e a organizaĆ§Ć£o Shavei Israel tĆŖm me ajudado a voltar para o povo judeu. Estou feliz por ser oficialmente um judeu e sou orgulhoso do que sou. NĆ£o tenho vergonha da minha heranƧa Sabbatean, mas eu tambĆ©m nĆ£o tenho nenhum desejo de passĆ”-la para meu filho. NĆ³s somos a Ćŗltima geraĆ§Ć£o. Mesmo que nos EUA, e, aparentemente, tambĆ©m em Israel, eu sou considerado um judeu, na Turquia eles nĆ£o me vĆŖem como tal.

“HĆ” uma questĆ£o que me incomoda muito”, termina Uri. “Se D’s me perdoe, eu morresse hoje, onde eu seria enterrado? Em Istambul? NĆ£o seria no cemitĆ©rio judeu, e tambĆ©m nĆ£o seria no cemitĆ©rio dos Maaminim. Possivelmente seria num cemitĆ©rio muƧulmano. E isso me assusta mais do que a morte.”

VigilĆ¢ncia no cemitĆ©rio

O Professor Marc David Baer, que atualmente vive na GrĆ£-Bretanha, pesquisou exaustivamente os dƶnme e atĆ© mesmo viveu alguns anos na Turquia para este propĆ³sito. Em 2010, ele publicou o primeiro livro que lida com a investigaĆ§Ć£o desta seita particular, intitulado “Os Donme; Judeus convertidos, revolucionĆ”rios islĆ¢micos e seculares turcos.”

“Dois grupos estĆ£o muito interessados nos dƶnme – os judeus e os anti-semitas”, disse o Prof. Baer. Ao longo dos anos, houveram vĆ”rios grupos dentro dos dƶnme. Exisitiram figuras centrais na polĆ­tica turca que vieram de famĆ­lia dƶnme. Os muƧulmanos que apoiaram o sultĆ£o Abdul Hamid II, possivelmente foram descendentes dƶnme. Eles tambĆ©m disseram ser ateus e judeus, pois o sultĆ£o protegia os judeus. Os muƧulmanos culpam os dƶnme por derrubar o reinado muƧulmano, e hĆ” rumores de que Ataturk era dƶnme. Mesmo Erdogan, o presidente turco atual, em uma sĆ©rie de observaƧƵes, conectou os dƶnme Ć  uma conspiraĆ§Ć£o anti-turca. Por vezes, essas teorias se desenvolvem de pequenas semente da verdade. Um dos ministros das FinanƧas do sultĆ£o era um judeu, e ele ajudou a derrubar o sultĆ£o. De acordo com os anti-semitas, os judeus controlam o mundo, e eles tĆŖm o poder de governar qualquer paĆ­s.

“Levei 13 anos para escrever o livro”, relata o Prof. Baer sobre o processo desta particular pesquisa. “Passei muito tempo no cemitĆ©rio em Istambul. Eu poderia estar por aĆ­ por horas. Era um pouco assustador, mas quando via uma famĆ­lia chegando perto de um tĆŗmulo na seĆ§Ć£o ‘dƶnme’, eu os seguia. Eu leio turco otomano e entĆ£o, me aproximava deles enquanto estavam orando e me apresentava, dizendo: ‘Eu posso ler o que estĆ” escrito no tĆŗmulo’. Custava apra eles acreditarem em mim, mas quando eu lia para eles, me diziam que eu havia lido corretamente. Entendiam, assim, que eu era Ćŗtil para eles e, em seguida, a famĆ­lia dizia ‘Temos fotos e documentos, talvez vocĆŖ possa lĆŖ-los para nĆ³s’. Ɖ assim que eu os conheci e aprendi sobre sua cultura.”


“Eu nĆ£o sei se eles ainda fazem suas oraƧƵes da mesma maneira que faziam, atĆ© as dĆ©cadas de 30 e 40, do sĆ©culo passado. Na dĆ©cada de 50, estes jĆ” comeƧaram a se casar com judeus e muƧulmanos. Muitos emigraram para os EUA, para Israel e para a Europa”.

A dualidade e o sigilo foram uma parte inseparĆ”vel da vida dos dƶnme. “Eles jejuavam no RamadĆ£, mas quebravam o jejum cedo para que nĆ£o fosse considerado que realmente jejuaram. Alguns pesquisadores israelenses divulgaram algumas oraƧƵes dƶnme em ladino, e sĆ£o fascinantes. Em uma rĆ”pida olhada, pareceria algo judaico, mas consta muitas vezes o nome ‘Shabatai Tzvi – alĆ©m de uma combinaĆ§Ć£o de crenƧas que os judeus nĆ£o tĆŖm. Eles estavam sempre em diĆ”logo com o judaĆ­smo e o islamismo. Deixaram o judaĆ­smo, mas sempre se mantiveram com ele.

“Eles tinham seus prĆ³prios feriados, como o aniversĆ”rio de Shabatai Tzvi ou o dia de sua circuncisĆ£o. Celebram um feriado na primavera, onde comem uma refeiĆ§Ć£o com animais, que os judeus e os muƧulmanos nĆ£o comem. Eles tambĆ©m misturam intencionalmente leite e carne. Isso faz parte da percepĆ§Ć£o Sabbatean das correcƧƵes mĆ­sticas que sĆ£o alcanƧadas ao pecar. Eu estive lĆ” no nono dia de Av e eles estavam comemorando. Realizaram realmente uma festa com vĆ”rios doces”.

De acordo com Baer, a comunidade judaica turca nĆ£o quer estar em contato com os dƶnme. “Eles nĆ£o querem praticamente nenhuma ligaĆ§Ć£o com os judeus. Principalmente, nĆ£o querem que digam sĆ£o muƧulmanos convertidos, embora seja legal, conforme os dƶnme sĆ£o exteriormente identificados como muƧulmanos. Se o Estado de Israel reconhecĆŖ-los publicamente como judeus, poderia trazer a eles consequĆŖncias trĆ”gicas. Poderia, seriamente, prejudicĆ”-los. Eles querem viver a sua vida em silĆŖncio.”

Este artigo foi publicado originalmente no Makor Rishon Weekend Magazine – 2 de outubro de 2015. 

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