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Canadense deixa comitê sobre conflito em Gaza

Após pressão de Israel, canadense deixa comitê sobre conflito em Gaza.


O canadense William Shabbas renunciou na noite de segunda-feira (2) à chefia do inquérito da ONU sobre o conflito entre Israel e Gaza no ano passado após ser acusado pelo Estado judaico de ser tendencioso para o lado palestino. A acusação de Israel se baseia no fato de que Shabbas fez um trabalho de consultoria para a Organização para a Libertação da Palestina em 2012. 

Em carta, o canadense disse que renuncia para evitar que o relatório das Nações Unidas seja prejudicado. "As minhas posições sobre Israel e Palestina, bem como sobre muitas outras questões, eram bem conhecidas e públicas. Este trabalho em defesa dos direitos humanos parece ter me tornado um grande alvo para ataques maliciosos." A saída de Shabbas mostra a polêmica levantada pela investigação da ONU, cujos resultado deve sair em março. 

Desde o início da comissão, Israel criticou muito a nomeação do canadense, conhecido por ser um forte crítico ao Estado judaico. A investigação pode servir de subsídio aos magistrados do Tribunal Penal Internacional, em Haia, que começam a fazer uma investigação preliminar sobre crimes de guerra e contra a humanidade que podem ter ocorrido no conflito. 

Nesta terça (3), o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, pediu o encerramento da comissão, embora ela tenha sido criada também para investigar as violações cometidas por militantes do grupo radical palestino Hamas. Para Netanyahu, o grupo é "um corpo anti-israelense que já provou não ter feito nada para controlar reais violações de direitos humanos no mundo". "É o mesmo conselho que, em 2014, tomou mais decisões contra Israel que contra Síria, Irã e Coreia do Norte juntos", disse. 

O chanceler israelense, Avigdor Liebermann, disse que a pressão do país foi fundamental para provocar a saída do canadense. "Ter Shabbas investigando Israel é como ter Caim investigando quem matou Abel". A porta-voz da Autoridade Nacional Palestina, Hanan Ashrawi, disse que a renúncia de Shabbas é um exemplo típico da tática de Israel. 

"Eles tentam intimidar, caluniar, desacreditar, fazer com que seja extremamente difícil que alguém tome uma posição que torne Israel culpado ou investigar as violações de Israel e seus crimes de guerra". O último conflito na faixa de Gaza, entre julho e agosto do ano passado, provocou a morte de 69 israelenses e mais de 2.200 palestinos, segundo a ONU.

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