A Jordânia anunciou nesta segunda-feira que seu embaixador em Israel voltará ao seu posto em Tel Aviv três meses depois de ter sido chamado para consultas em sinal de protesto pela atitude israelense em relação aos lugares santos do Islã em Jerusalém.
Amã havia chamado para consultas no dia 5 de novembro seu embaixador Walid Obeidat para protestar contra as violações contínuas de Israel na Esplanada das Mesquitas, terceiro local santo do Islã depois de Meca e Medina, ambas na Arábia Saudita.
O porta-voz do governo, Mohamed al-Momeni, explicou que a decisão de enviar novamente o embaixador foi tomada depois de constatar que as coisas estavam indo bem.
Segundo este funcionário do governo, o "número de fiéis que podem rezar na mesquita de Al-Aqsa aumentou consideravelmente após o chamado para consultas de nosso embaixador para protestar contra as violações de Israel e o fechamento da mesquita aos fiéis".
Uma fonte governamental jordaniana explicou à AFP que os locais santos eram uma linha vermelha e que Israel recebeu bem a mensagem.
A Jordânia conservou a gestão da Esplanada, também venerada pelos judeus, durante a ocupação israelense de Jerusalém Oriental em 1967. Além disso, é o único Estado árabe, junto ao Egito, a ter assinado com Israel um acordo de paz, em 1994.