A delegação de Israel na ONU lançou nesta sexta-feira
uma campanha para que a instituição reconheça oficialmente a celebração
do Yom Kippur (Dia do Perdão), alegando que o não reconhecimento seria
uma discriminação com a religião judaica.
A ONU incluiu em seu
calendário oficial -fixado pela Assembleia Geral- celebrações como o
Natal e a festividade muçulmana de Eid al-Fitr, mas não incluiu o Yom
Kippur, explicou Ron Prosor, representante de Israel na ONU, em uma
carta enviada a seus colegas.
"Por um lado, as Nações Unidas
fomentam a cooperação e o compromisso entre as nações, e, por outro, dão
prioridade a uma religião sobre outra", disse Prosor. "Há três
religiões monoteístas, e, no entanto, apenas duas são reconhecidas pelo
calendário da ONU. Esta discriminação na ONU deve acabar", acrescentou.
Os
judeus celebram o Yom Kippur todo ano, em setembro ou outubro. O dia,
dedicado ao jejum e à oração, marca o fim dos dez "dias austeros" -para
pedir perdão pelas transgressões do ano anterior- que começam com a
celebração do ano novo judeu no Rosh Hashana.