
Nascida e educada na Rússia, Rand emigrou para os Estados Unidos em 1926. Ela trabalhou como roteirista em Hollywood e teve uma peça produzida na Broadway, em 1935-1936. Ela alcançou a fama com seu romance The Fountainhead, publicado em 1943, que em 1957 foi seguido por seu melhor e mais conhecido trabalho, o romance filosófico Atlas Shrugged.
Em 1991, a
biblioteca do Congresso americano fez uma pesquisa para saber qual o
livro que havia exercido maior influência na vida das pessoas. O
primeiro lugar coube à Bíblia. O segundo, a Quem é John Galt?, da
escritora Ayn Rand. Desde quando foi lançado nos Estados Unidos, em
1957, este livro vendeu mais de 6 milhões de exemplares.
As
obras de ficção e de não-ficção de Ayn Rand já venderam mais de 20
milhões de exemplares. Seu primeiro romance, We the living, (sem
tradução para o português), foi publicado em 1936.

É
curioso notar que os dois primeiros romances de Ayn Rand foram levados
para as telas. We the living teve uma produção pirata na Itália fascista
sem o conhecimento de Ayn Rand. Quando as autoridades italianas
compreenderam a mensagem ideológica favorável à liberdade individual, o
filme foi proibido na Itália e só depois da guerra se soube da produção.
O segundo romance foi produzido em Hollywood e dirigido por King Vidor,
tendo Gary Cooper no papel principal. Eles podem ser vistos na
biblioteca do IL.
A
principal obra de Ayn Rand é, indiscutivelmente, Quem é John Galt?
Trata-se de um "romance de tese" que já foi considerado por alguns
críticos como o "Guerra e Paz" do capitalismo. A ação do romance
transcorre num futuro indefinido nos Estados Unidos, quando as forças
políticas "de esquerda" (socialistas ou sociais-democratas) já estão no
poder. O país entrou em decadência e a economia caminha para o colapso.
Esta obra se revela de enorme atualidade e interesse para o Brasil no
início do século XXI. As políticas públicas adotadas na ficção de Ayn
Rand são, em grande parte, iguais às em vigor no Brasil de hoje. Os
slogans e chavões são os mesmos. Até os principais políticos da ficção
têm as mesmas linhas de raciocínio e sofrem os mesmos defeitos de
caráter dos políticos brasileiros da atualidade. John Galt é o principal
personagem do livro. Ele conduz uma misteriosa greve dos homens "que
pensam". Algumas das falas do livro tornaram-se clássicos em defesa do
capitalismo, com o "discurso do dinheiro".
Quando
nos anos 50 Ayn Rand mudou-se para Nova Iorque, ela acabou congregando
em torno de si um grupo de jovens extremamente talentosos que se
dedicaram a estudar seu pensamento. Entre eles, destacaram-se Alan
Greenspan (ex-presidente do Banco Central norte-americano) e Nathaniel
Branden, que se tornou um destacado psicólogo e autor de inúmeras obras
sobre auto-estima. Eles chegaram a publicar juntos obras contendo seus
ensaios, como Capitalism, the unknown ideal e A virtude do egoísmo – A
verdadeira ética do homem: o egoísmo racional. Nesta obra, Ayn Rand
trata de importantes questões como a ética em um mundo tomado pela
irracionalidade, os direitos do homem e a natureza do governo ‘Um
governo é o meio de colocar o uso retaliatório da força física sob
controle objetivo – isto é, sob leis objetivamente definidas. ... As
funções adequadas de um governo recaem sobre três largas categorias,
todas elas envolvendo os problemas da força física e a proteção aos
direitos dos homens: a polícia, para proteger os homens dos criminosos –
as forças armadas, para proteger os homens dos invasores estrangeiros –
os tribunais, para decidir disputas entre homens, de acordo com leis
objetivas.’
Também
pertenceu ao grupo dos jovens talentosos Leonard Peikoff, que se tornou
herdeiro de Ayn Rand e hoje é o responsável pela difusão de suas idéias
através do Ayn Rand Institute.
Ayn Rand morreu em Nova Iorque ,
em 1982. Várias de suas obras ainda são best sellers e todas elas
continuam disponíveis, mesmo decorridos mais de 20 anos de sua morte, um
feito raro no mercado editorial.
Obras de Ayn Rand em Português
· Quem é John Galt? Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1987. (v)/(b)
· A virtude do Egoísmo. Porto Alegre, Ortiz, 1991. (b)
· A nascente. (original: The Fountainhead.) Porto Alegre, ed. Ortiz, 1993 – 699 p. (v)/(b)
Principais obras de Ayn Rand em outros idiomas
· We the living. Nova Iorque, Signet, 1959. 433p. (b)
· Anthem. Nova Iorque, Signet, 1995.
· Capitalism: the unknown ideal. Nova Iorque, Signet, 1967. 349 p.
· The new left: the anti-industrial revolution. Nova Iorque, Signet, 1971.
· Philosophy: who needs it (editado por Leonard Peikoff). Nova Iorque, Signet, 1984.
· Atlas shrugged. New York: Random House, c1957. 1168p. (b)
· The Ayn Rand lexion: objectivism from A to Z. New York: New American Library, 1988. 535p. (b)
· The early Ayn Rand: a selection from her unpublished fiction. New York: New American Library, c1984. 383p. (b)
· Introduction to objectivism epistemology. New York: New American Library, 1979. 164p. (b)
· El Manantial: novella [fountainhead]. Barcelona: Planeta, c1958. 733p.
· Night of January 16th. New York: A Plume book; New American Library, 1987. 122p. (b)
· La virtud del egoismo. Buenos Aires: Plastygraf, c1985. 187p. (b)
· The virtue of selfishness: a new concept of egoism. New York: New American Library, c1964. 151p. (b)
· The voice of reason: essays in objectivism thought. New York: New American Library, 1989. 353p. (b)
Fitas de vídeo
· Ayn Rand speaks for herself. FV 110 (exemplar único)
· The fountainhead. FV 150
· The sanctions of the victims. FV 88 (exemplar único)
· We the living. FV (86 e 87 – exemplar único)
No
Brasil, a obra foi publicada pela Expressão e Cultura e esteve entre os
títulos mais vendidos pelo Instituto Liberal. No momento, encontra-se
esgotada. Pode ser consultada na biblioteca do IL.