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O que você precisa saber sobre Cabalá

Do livro “What you need to know about Kabbalah”, do Rabino Yitschak Ginsburgh – Introdução (parte 1)

Introdução

A palavra hebraica “Cabalá” tornou-se o termo padrão para referir-se à vasta gama do pensamento místico e da prática revelada e transmitida como parte da tradição judaica. O uso popular deste termo remonta ao século 12. Antes disso, os ensinamentos místicos judaicos eram conhecidos por outros nomes.
Cabalá é usualmente traduzida como “tradição recebida”. Neste sentido, a Cabalá transmite a continuidade de uma tradição passada de geração em geração. Porém, originalmente na Torá, a palavra “Cabalá” vem do verbo “corresponder”, em hebraico. Poderíamos, então, nos perguntar: o que correspondência tem a ver com misticismo?
Em uma breve resposta, tudo o que sabemos sobre o mundo, nós sabemos correspondendo uma coisa com outra. Nós traçamos paralelos entre as coisas com as quais estamos familiarizados e as que não estamos. Isto é especialmente verdadeiro quando as matérias de nossa pesquisa são aspectos da realidade ocultos, em segredo, escondidos. Para entendermos aquilo que está guiando e dirigindo nossa realidade, nós precisamos, primeiro, entender os modelos místicos básicos e aprender a aplicá-los corretamente em cada situação de nossas vidas.
A base para traçarmos tais paralelas é a união essencial da criação com a única raiz Divina da qual tudo emana. Se o Criador não fosse uma Unidade singular, a própria essência da Unicidade, nós poderíamos interpretar mal as dimensões ocultas de nossa realidade. A metodologia Cabalística (tanto teórica quanto prática) está baseada na construção de paralelos entre os aspectos revelados e ocultos da realidade. Ao analisar corretamente nossa matéria de interesse baseada nos modelos Cabalísticos tradicionais, nós podemos entender o passado, presente e futuro; somos capazes de explorar o processo de criação que trouxe tudo à existência, navegar na realidade presente com significado e direção, e reconhecer as futuras possibilidades que nos esperam.
A habilidade em tomar os modelos Divinamente revelados e entregues a nós através dos profetas e conectá-los de modo correto, depende do desenvolvimento de nossa sensibilidade super-racional em relação à Unicidade absoluta e inerente de D’us. Logo, a Cabalá deve ser ensinada de um modo que alimente nossa capacidade de sentirmos a Divindade à nossa volta.
Cabalá, no sentido de “sabedoria recebida”, se refere aos ensinamentos transmitidos de geração em geração com o objetivo de aumentar nossa sensibilidade em perceber a Unicidade de D’us. Assim, a Cabalá foca em D’us e Sua relação conosco. Ela revela os segredos profundos sobre a natureza do Criador, o poder criativo, o plano primordial da criação, a forma como Seus reinos superiores funcionam e os caminhos de Sua Providência na terra.
Apesar do estudo da Cabalá, nas gerações anteriores, estar limitado apenas a algumas pessoas, o grande sábio Isaac Luria, o Arizal, o qual seus ensinamentos fazem parte dos textos principais da Cabalá até hoje, afirma que nas gerações anteriores a vinda de Messias, é permitido e até obrigatório revelar ao mundo a sabedoria oculta da Torá. O Rabi Israel Baál Shem Tov, fundador da Chassidut, também escreve que a disseminação desses mistérios aos “extremos da terra” possibilitará a vinda de Messias e tornará realidade a visão de um mundo retificado.
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