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| Estônia- Coisas Judaicas |
O governo da Estônia renovou a lista dos sobrenomes mais difundidos, que não se pode adotar sem permissão especial. Entram nela Ivanov, Petrov e Sidorov.
É negada a escolha voluntária aos que quiseram ter o sobrenome Viira. Semelhante prática existe na república há alguns anos. A lista de sobrenomes é renovada regularmente e sempre causa incompreensão na população e defensores dos direitos. Na opinião deles, isto não passa de intervenção na vida pessoal do cidadão.
Na Estônia hoje por volta de 7 mil pessoas têm o sobrenome Ivanov, pouco menos têm os sobrenomes de Petrov, Sidorov, Alekseev e Dmitriev. Segundo as leis locais, se 500 pessoas têm um sobrenome, não se pode ser o 501º sem permissão especial. Inicialmente estudam com atenção a pessoa, esclarecem por que motivo a pessoa quer se perder entre centenas de iguais? Não haverá nisto má-intenção? E só então podem dar permissão para adotar um dos 222 sobrenomes russos ou estonianos mais comuns no país.
A lista é renovada regularmente. Da nova lista desapareceu, por exemplo, o sobrenome Kovalev, mas acrescentaram Viira. Segundo o estoniano defensor dos direitos humanos, Aleksei Semenov, semelhante prática é intervenção direta na vida pessoal dos cidadãos. E a declaração das autoridades de que esta limitação ajuda o trabalho da polícia não tem qualquer fundamento:
"A comodidade policial não pode de modo algum ser fundamento para a limitação dos direitos humanos. Mais do que isto, essa limitação atualmente é simplesmente sem sentido, porque aqui a pessoa é definida não pelo nome e sobrenome, mas pelo código pessoal. E por isso mesmo do ponto de vista policial-estatístico essa limitação é simplesmente supérflua. Por isso só podemos declarar que os direitos humanos na Estônia neste sentido são limitados sem razão e normal será revogar esta limitação."
A limitação na escolha dos sobrenomes, aliás, não se refere à troca dos que se casam. Aqui até mesmo os ministros com suas estranhas iniciativas são impotentes. Mesmo assim semelhante prática surpreende e provoca questões dos habitantes do país. "Estou muito surpreso com essa novidade, é a primeira vez que ouço falar dessa estranha lista. E em princípio ela me parece absurda e incompreensível para que foi criada", admite um transeunte.
Outro acrescenta: "Eu não pretendo trocar de sobrenome, porque meu me convém. Mas isto parece mais anedótico do que sério e leva a pensar que as pessoas simplesmente não tem o que fazer e inventam problemas fantásticos."
Aliás, a partir de 2010 os cidadãos da Estônia não podem escolher para si sobrenomes muito raros. E se alguém quiser ter o mesmo sobrenome que um ator, escritor, político ou artista plástico conhecido que apresente documento confirmando seu parentesco com ele.
