Milhares de palestinos manifestaram nesta segunda-feira por toda a Cisjordânia em solidariedade aos seus compatriotas detidos por Israel, quatro deles em greve de fome.
O negociador palestino Saeb Erekat escreveu à chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, pedindo-lhe para agir em favor dos presos, especialmente os grevistas. Erekat exortou a UE a "tomar medidas concretas para acabar com a impunidade de Israel", observando que "apesar das graves violações israelenses, as relações UE-Israel continuaram a crescer".
Quatro prisioneiros palestinos, Samer Issaoui, Jaafar Ezzeddine, Ayman Charawneh e Tariq Qaadane, realizam há vários meses uma greve de fome de forma intermitente para exigir sua libertação por Israel.
A polícia israelense prendeu na segunda-feira de manhã o irmão de Samer Issaoui, Chadi, durante uma busca no domicílio da família no bairro de Issawiyeh, em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, de acordo com a sua família e a polícia.
Um tribunal israelense de Jerusalém deve examinar o caso de Samer na tarde de terça-feira, indicou à AFP a irmã do prisioneiro, Shirine.
Em Hebron, no sul da Cisjordânia, cerca de 1.500 palestinos protestaram em solidariedade com os prisioneiros. O Exército de Israel fez uso de gás lacrimogêneo, segundo um correspondente da AFP.