O chefe dos serviços de segurança militares israelense, o general Aviv Kochavi, disse que o governo sírio retirou tropas do Monte Golã e deslocou-as para reforçar a defesa de Damasco, onde decorrem violentos combates e onde hoje morreu o ministro da Defesa num atentado suicida.
Dirigindo-se à Comissão dos Assuntos Externos e Defesa do Knesset (parlamento israelita), Kochavi advertiu que a região dos Montes Golã pode tornar-se numa nova Península do Sinai, devido à crescente presença na Síria de jihadistas (combatentes islâmicos) provenientes de todo o lado.
O responsável militar disse ainda que o regime de Bashar Assad na Síria não vencerá a rebelião, embora seja possível que sobreviva entre dois meses e dois anos.
Hoje, o ministro da Defesa sírio foi morto num atentado suicida que visou hoje a sede da Segurança Nacional, em Damasco, no qual o ministro do Interior, Mohammad Ibrahim al-Shaar, e o vice-ministro da Defesa, o general Assef Shawkat, cunhado de Bashar al-Assad, também ficaram gravemente feridos.
O atentado foi perpetrado quando decorria uma reunião entre ministros e responsáveis daquela agência de informações do regime de Bashar al-Assad.
Mais de 60 soldados sírios morreram nas últimas 48 horas em combates em Damasco com os rebeldes do Exército Livre, uma coligação de grupos armados criada por desertores, desde que os rebeldes lançaram a «Operação Vulcão de Damasco», que dizem ser a «batalha de libertação» da capital síria.
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