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A Conferência de Wannsee



A convite de Reinhard Heydrich, chefe da Polícia de Segurança (Sicherheitspolizei) e do Serviço de Segurança (Sicherheitsdienst - SD), teve lugar ao meio-dia de 20 de Janeiro de 1942, na sala de jantar da Villa, uma reunião de cerca de 90 minutos entre representantes das SS, do Partido Nazi (NSDAP) e de vários ministérios do Reich. O tema era a “solução final da questão judaica” (“Endlösung der Judenfrage”). 

Heydrich tinha como objectivo o reconhecimento do seu papel de liderança nas deportações, bem como o envolvimento de ministérios e membros do Partido importantes nas preparações para o assassinato dos judeus europeus. Ao mesmo tempo, deveriam ser resolvidos os conflitos das administrações de ocupação alemãs civis na Polónia e nos territórios do Báltico e Leste da Europa (“Ostland”) com os líderes das SS. 

A conferência veio confirmar o sucesso alcançado ao longo de 1941 pelas SS na luta entre os organismos públicos pela liderança na "solução da questão judaica”. Os participantes fizeram propostas e levantaram objecções no interesse dos organismos a que pertenciam, mas em geral mostraram-se dispostos a colaborar. Os líderes do aparelho estatal alemão tornaram-se assim cúmplices e coniventes.

A Ata da Reunião


Adolf Eichmann, director da Secção para os Assuntos Judaicos (Judenreferat) da Gestapo, resumiu o resultado da reunião numa acta, segundo a qual Heydrich comunicou aos participantes que, baseado numa "autorização prévia" de Hitler, iria agora começar a deportação de todos os judeus europeus para a Europa de Leste. Sublinhou o facto de a “liderança na preparação da solução final da questão judaica" pertencer exclusivamente a ele, independentemente das fronteiras geográficas. 

A inclusão dos chamados “mestiços“ (pessoas com pais ou avós cristãos e judaicos) e de parceiros judeus em “casamentos mistos” nas deportações levantou contudo polémica. A tentativa agressiva de Heydrich de estender as ordens de deportação a estes grupos era uma intromissão nas competências do Ministério do Interior, representado na conferência pelo Secretário de Estado Wilhelm Stuckart. 

Como Heydrich não consegui atingir um consenso e a resolução desta questão foi adiada para conferências futuras, Eichmann teve de conceder a estas propostas mais espaço que o normal: quatro páginas da acta reproduzem as propostas para a deportação de “mestiços” e parceiros de casamento judeus, sendo que a acta da conferência apresentava no seu total – incluindo a página e meia da lista de participantes e uma página de dados estatísticos – apenas quinze páginas escritas à máquina. Estas propostas radicais continuaram na agenda de discussão, na esperança da sua resolução futura.

Como a acta reproduz o resultado do encontro e não a discussão palavra a palavra, oferece-nos apenas indicações sobre o decurso real e o ambiente da conferência. Durante o seu processo em Jerusalem em 1960/61, Adolf Eichmann foi extensivamente questionado sobre a conferência de Wannsee. Eichmann sublinhou que mesmo representantes do aparelho burocrático do Estado falaram claramente e sob consenso geral sobre o extermínio dos judeus. 

A ata teve de ser alterada várias vezes até Heydrich estar satisfeito. O texto não deveria incluir expressões demasiado drásticas, mas deveria contudo comprometer os Secretários de Estado – torná-los, por outras palavras, cúmplices e coniventes. Eichmann referiu que teve de apresentar informações para a comunicação introdutória de Heydrich. Estas incluiam uma tabela com os números e a distribuição dos judeus na Europa, os “cerca de 11 milhões de judeus” que,”na sequência da solução final da questão judaica europeia”, entrariam “em consideração” (página 6 da acta). 

A Representação Nacional dos Judeus na Alemanha (Reichsvertretung der Juden in Deutschland - RV) recebeu ordens, em Agosto de 1941, para elaborar um resumo estatístico do número de judeus, absoluto e em relação à população total dos países, com dados sobre a definição do conceito de “judeu” e sobre o estatuto legal dos judeus. 

Na sua rápida resposta, a RV baseou-se em várias publicações, revistas e artigos de jornais e declarou que: "Os números, quando possível retirados de documentos oficiais, de resto estimados, referem-se no geral a judeus praticantes e representam assim quantias mínimas.” Em comparação com a tabela elaborada por Eichmann, encontram-se algumas divergências significativas. 

No caso do Governo-Geral da Polonia Ocupada (Generalgouvernement) e da Romenia, Eichmann aumentou os números, em correspondência com o alargamentos dos territórios no Verão de 1941 para o disitrito da Galícia e da Bessarábia. Os números da RV para a URSS – 3,02 milhões – sofreram um aumento considerável para 5 milhões de judeus, possivelmente por motivos de propaganda. 

Para a Holanda, Eichmann corrigiu a informação da RV de 135.000 para o número bastante exacto de 160.800. Para a Estónia não existiam dados, contudo na tabela de Eichmann a Estónia é classificada como “sem judeus”. Todos os judeus estónios que não tinham conseguido fugir tinham sido já assassinados pela Força de Intervenção A (Einsatzgruppe A). 

Quanto à França, aparentemente Eichmann contou também com os judeus das colónias francesas do Norte de África. A tabela estatística na acta da Conferência de Wannsee contêm portanto a ameaça de exterminação dos judeus europeus. A ameaça efectiva é visível no mapa das frentes e dos participantes na guerra na noite de 20 de Janeiro de 1942. Este mapa foi elaborado com o apoio do Instituto de Pesquisa da História Militar (Militärhistorischen Forschungsamtes) em Potsdam, a partir dos mapas do Estado-Maior do Alto Comando das Forças Armadas (Oberkommando der Wehrmacht). 

Mostra que os centros de vida judaica no Leste e no Sudeste da Europa estavam ocupados pela Alemanha ou dominados por regimes aliados de Hitler. Na tabela, Eichmann diferenciou entre países ocupados pelas Forças Armadas alemãs (Wehrmacht) e países aliados ou neutros, destinados a serem dominados pela Alemanha. 

A tabela mostra também que a liderança nazi, apesar da invasão falhada da Inglaterra em 1940 e da viragem da guerra no Inverno de 1941/42 após o insucesso da estratégia de Blitzkrieg na Rússia, partia ainda do príncipio que iria dominar toda a Europa a curto prazo.


Heydrich
A Atribuição de Plenos Poderes a Heydrich


A ata da conferência mostra que a decisão de transformar os assassinatos em massa, que vinham acontecendo desde Junho de 1941, num genocídio sistemático de todos os judeus europeus tinha sido tomada antes da mesma, e pelo mais alto escalão. Desde a invasão da União Soviética, a 22 de Junho de 1941, que as forças de intervenção do Escritório Central de Segurança do Reich (Reichssicherheitshauptamtes – RSHA) assassinavam as populações judaicas locais. 

Heydrich buscava agora, para isto e para planos próximos, legitimação escrita, de maior importância que a ordem do Reichsführer SS Heinrich Himmler. Na noite de 31 de Julho de 1941, apresentou a Hermann Göring um documento, redigido no RSHA, para assinar. Göring tinha nomeado Heydrich como director da Migração Forçada já em 1939. Adolf Hitler tinha atribuido a Göring, número dois na hierarquia do Partido Nazi, vários poderes. 

Estes incluiam a coordenação de todas as medidas anti-judaicas. Com a sua assinatura, Göring atribuiu a Heydrich plenos poderes para preparar uma “solução global da questão judaica nas regiões de influência alemã na Europa”, consoante as “condições temporais”. Heydrich utilizou esta documento seis meses mais tarde, visto que a ideia de uma “solução global da questão judaica” tinha evoluido radicalmente para o conceito de genocídio.  Com esta autorização escrita, Heydrich pode também legitimar o seu papel de poder na “solução final da questão judaica” junto a outros organismos e dentro das SS. 

A 29 de Novembro de 1941, todos os participantes receberam uma cópia deste documento por carta circular, juntamente com o convite para a conferência. Cinco dias depois da Conferência de Wannsee, Heydrich enviou mais cópias à direcção regional da Polícia de Segurança (Sicherheitspolizei), ao Serviço de Segurança das SS (Sicherheitsdienst), a forças de intervenção e ao Escritório Principal de Pessoal (Personalhauptamt) das SS. 

No comunicado que as acompanhava, referiu-se indirectamente à Conferência de Wannsee com as palavras: “Os trabalhos preparatórios foram iniciados.” 

No final de Janeiro de 1942, Adolf Eichmann ordenou por correio expresso a todos os serviços alemães em questão para continuarem com a deportação dos judeus iniciada em Outubro de 1941. 

Falava agora explicitamente do “início da solução final". Eichmann listou detalhadamente os grupos de pessoas que deveriam ser deportadas e indicou as pessoas que, por enquanto, deveriam ser excluidas do processo – de acordo com o Primeiro Decreto da Lei da Cidadania (Reichsbürgergesetz) de 1935. Heydrich não tinha portanto conseguido, até esta altura, implementar o alargamento, por ele desejado, do círculo de pessoas a serem deportadas. Com esta carta de Eichmann, baseada no resultado da Conferência de Wannsee, começaram as preparações para a deportação sistemática de todos os judeus europeus. 

Em duas conferências subsequentes, a 6 de Março de 1942 e a 27 de Outubro de 1942, oficiais para os assuntos judaicos (“Judenreferenten”) dos ministérios discutiram, sob direcção de Eichmann, sobre a esterilização como “solução para a questão dos mestiços” e sobre as necessidades jurídicas formais do divórcio forçado para "casamentos mistos". Como Hitler não tomou uma decisão fundamental até ao final da guerra, estas medidas radicais não chegaram a ser implementadas no Reich. 

Esta moderação para com familiares não judeus não foi contudo praticada nos países ocupados. Himmler, pessoalmente, não aceitava aqui qualquer definição restritiva do conceito de judeu. Contudo, na época final da guerra chegaram a ser deportados “parceiros de casamentos mistos”, mesmo no território do Reich. 

Os Participantes da Conferência


As instituições de que os participantes eram membros e o seu grau de hierarquia podem ser observados no organograma exposto na sala de conferências histórica. Aqui se vê que a designação de “reunião de Secretários de Estado”, encontrada num documento elaborado após a conferência, descreve acertadamente o carácter deste encontro. Os Secretários de Estado implementaram uma decisão tomada anteriormente pelo escalão político superior. Não é portanto correcto afirmar, como ocasionalmente acontece, que o extermínio dos judeus europeus foi decidido na Conferência de Wannsee. 

A conferência é, ainda assim, de grande importância histórica, pois possibilitou a coordenação necessária para o alargamento do genocídio a quase toda a Europa. Representa o envolvimento do aparelho de estado alemão quase todo no genocídio organizado. Os 15 participantes da conferência pertenciam à elite política do regime nazi. Os seus currículos mostram que muitos possuíam uma educação superior e tinham feito uma carreira fulgurante. Oito contavam com o grau de doutoramento. A maioria originava de “boas famílias burguesas”. 

Alguns eram nacional-socialistas convictos, outros tinham entrado para o partido mais por oportunismo. A sua idade média era bastante baixa – apenas 43 anos. Pergunta-se frequentemente o que aconteceu aos participantes depois da guerra: um terço tinha já morrido quando acabou a guerra, ou morreu pouco depois. Reinhard Heydrich morreu poucos meses depois da conferência, em consequência de um atentado por resistentes checos. Rudolf Lange e Alfred Meyer suicidaram-se em Fevereiro e Maio (respectivamente) de 1945. Roland Freisler morreu durante um ataque aéreo na cave do "Tribunal Popular" (“Volksgerichtshof“), por ele chefiado, em Fevereiro de 1945. 

Martin Luther, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, caiu em desfavor por causa de uma intriga contra o Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1943 e foi mandado para o campo de concentração de Sachsenhausen durante a preparação do processo contra si. Morreu no início de 1945, em consequência do seu aprisionamento, num hospital em Berlim. É provavelmente graças a estas circunstâncias que o exemplar de Luther, o 16º de um total de 30 exemplares da acta, chegou até nós. 

Na preparação do seu processo, as actas foram retiradas do seu escritório no Ministério dos Negócios Estrangeiros no centro de Berlim. Mais tarde, foram depositadas num edifício na periferia da cidade, em Lichterfelde, e escaparam assim à destruição sistemática de documentos antes do final da guerra. 

Em 1947, durante a preparação do Processo de Nuremberg contra membros de chefia dos ministérios, a equipe do procurador-geral americano encontrou as duas atas com o título “solução final da questão judaica”, retiradas do escritório de Luther. Outro terço dos participantes morreu nos primeiros anos após a guerra: Wilhelm Kritzinger morreu em 1947, pouco depois de ser libertado da prisão devido a doença. 

Na preparação do “Processo Wilhelmstraße” em Nuremberga, Kritzinger tinha sido confrontado com a sua participação na Conferência de Wannsee, devido à acta recentemente encontrada. Ele confirmou – como mais tarde também Eichmann – a autenticidade da acta e a sua participação na conferência. Descreveu o extermínio dos judeus como um crime que lamentava. 

Erich Neumann morreu em inícios de 1948. Eberhard Schöngarth foi condenado à morte por um tribunal militar inglês em 1946, não devido à sua participação no assassinato de judeus na Galícia, mas sim por ter ordenado pessoalmente o fuzilamento de um prisioneiro de guerra. Josef Bühler foi condenado à morte em 1948 em Cracóvia. Adolf Eichmann foi também executado - em 1962 em Jerusalém. 

O terço restante dos participantes consegui construir uma existência burguesa normal após a guerra, em parte já em finais dos anos 40. Gerhard Klopfer e Georg Leibbrandt foram libertados da prisão em 1949. Em 1962 foi suspenso o processo preliminar contra Klopfer por causa da sua participação na Conferência de Wannsee. 

Um inquérito preliminar contra Leibbrandt pelo mesmo motivo foi suspenso já em 1950. O tribunal alemão não foi capar de provar a sua culpa pessoal. Conseguiram assim escapar sem castigo, como muitos dos chamados criminosos de escritório. Klopfer viveu em paz e sossego até 1987, Leibbrandt até 1982. Ambos morreram com mais de 80 anos. Otto Hofmann foi condenado a 25 anos de prisão em 1948, no processo de Nuremberga contra Serviço Central Colonial e Racial (SS-Rasse- und Siedlungshauptamt). 

Foi contudo perdoado, como muitos outros, e libertado da prisão americana para criminosos de guerra em Landsberg am Lech em 1954. Hofmann viveu como empregado comercial em Württemberg até 1982 e morreu com 84 anos. Wilhelm Stuckart saiu da prisão em 1949 após o Processo de Wilhelmstraße, visto a sua pena de 3 anos e 10 meses já ter sido cumprida. 

Morreu num desastre de automóvel em 1953 com 51 anos. Nada se sabe sobre o destino de Heinrich Müller, chefe da Gestapo. Tinha transferido o seu escritório temporariamente para a Villa de Wannsee, depois do bombardeamento do Palácio Prinz Albert, e foi visto ainda em finais de Abril de 1945 no Führerbunker. Foi declarado desaparecido a partir dos primeiros dias de Maio de 1945. Os rumores sobre a sua fuga para a América do Sul ou para os EUA não puderam ser confirmados. 

Doutor Josef Bühler (1904 - 1948)

Governo do governador-general em Krakau
Secretário de Estado
Bühler, adjunto permanente do governador-general Frank desde Junho de 1941, foi nesta qualidade considerado responsável por todos os crimes contra a população polaca e os assassinatos em massa aos judeus na Polónia. Na conferência de Wannsee, ele forçou Heydrich a iniciar o „extermínio no governo geral, porque ele não via aqui qualquer “problema de transporte”. Bühler desejava ainda „ resolver a questão judaica neste local o mais rapidamente possível”. Em 1942 Bühler participou nos preparativos para as colónias alemãs em Lublin e no envio de polacos para trabalhos forçados na Alemanha.

Nascido em Waldsee (Württemberg) filho de um padeiro no seio de uma família católica, liceu, estudou direito, em 1932 fez doutoramento, adquirindo o título de Dr. jur., em Abril de 1933 entrou no NSDAP. Como chefe de escritório do procurador-geral da república do ministro do Reich sem competência Hans Frank. Em Dezembro de 1939 chefe do serviço do governador-geral em Krakau, em Março de 1940 secretário de estado. Em Janeiro de 1945 fuga de Krakau. Em Abril de 1946 testemunha de defesa de Hans Frank perante o tribunal militar internacional em Nuremberga, depois da extradição de polacos. Em Julho de 1948 condenado à morte em Krakau e executado.


Adolf Eichmann (1906 - 1962)
Serviço Central de Segurança do Reich
Chefe Relatório IV B 4
Como organizador das deportações, Eichmann desempenhou um papel central no processo de assassinato dos judeus europeus. Desde Outubro de 1934 em actividade no serviço central da SD em Berlim, no relatório II /112 („Judaísmo"), ocupava-se com as possibilidades de eliminação dos judeus da Alemanha. 

Após a anexação da Áustria e da marcha alemã em Böhmen e Mähren Eichmann dirigiu em 1938/39 os „locais centrais para emigração judaica” em Viena e Praga. Em Outubro de 1939 participou na planificação para um „reservado judaico" em Nisko na San (Polónia). A partir de Dezembro de 1939 foi objecto de um relatório em RSHA, IV D 4 („Emigração e evacuação"), em Março de 1941 foi responsável pelo relatório IV B 4 („Questões judaicas e evacuações"). 


Eichmann terminou a acta resumida para a conferência de Wannsee. De Outubro de 1941 a 1944 o seu gabinete coordenou o transporte e determinou o número de judeus, que foram deportados. A partir de Março de 1944 enquanto chefe dos „comandos especiais de Eichmann” em Budapeste foi responsável pelo envio de mais de 437.000 judeus para Auschwitz e para outros campos de concentração e de extermínio.

Nascido em Solingen, filho de um guarda-livros. Liceu, formação em engenharia incompleta, depois aprendizagem comercial, de 1925 a 1933 vendedor e agente de viagens em Viena. Em Abril de 1932 entrou para o NSDAP e SS, em Agosto de 1933 emigração para a Alemanha. De 1934 a 1939 na SD, depois até 1945 no serviço central de segurança do Reich. Início de Maio de 1945 disfarce como cabo de armas aéreas; Prisioneiro e fuga cedo. Sob nome falso foi sivicultor em Celle. 

Em 1950 fugiu para a Áustria, Itália e ainda para a Argentina, onde viveu em Buenos Aires sob o nome de Ricardo Klement. Em Maio de 1960 sequestrado por membros dos serviços secretos israelitas. Em Dezembro de 1961 foi condenado à morte em Jerusalém e executado a 31 de maio de 1962. 

Doutor Roland Freisler (1893 - 1945)

Ministério da Justiça do Reich
Secretário de Estado
Freisler defendeu na conferência de Wannsee desse ministério, que tinha dirigido sobretudo a perseguição jurídica aos judeus alemães desde as leis de Nuremberga de 1935 e trabalhou continuamente de forma sistemática na privação de direitos das vítimas judaicas. Freisler funciona como „Garante da consciência nacional socialista“. Em Agosto de 1942 foi nomeado presidente do tribunal nacional. Nesta posição ele e outros membros do senado desistiram de milhares de juízos criminais contra inimigos políticos.

Nascido em Celle, filho de um engenheiro, casa dos pais reformada protestante, liceu em Aachen, foi finalista em 1912, Estudos em Direito na Universidade de Kiel, serviço militar como cadete em Agosto de 1941, mais tarde tenente, em Outubro de 1915 até 1920 prisioneiro de guerra russo, aperfeiçoamento dos estudos em Jena. Doutoramento em 1922 com o título de Dr. jur., advogado a partir de 1924 em Kassel e deputado pelo bloco social nacional. 

Em Julho de 1925 entra no NSDAP. Em 1932 foi nomeado deputado na dieta prussiana, como director ministerial no ministério da justiça prussiana. Secretário de estado a partir de Junho de 1933, membro do conselho estatal prussiano, em Outubro de 1933 membro da academia para o direito alemão e director da sua secção criminal. Em Abril de 1935 secretário de estado do ministério da justiça conjuntamente da Prússia e do Reich, responsável entre outras coisas perguntas pessoais, legislação do código penal e execução da pena. Morto num ataque aéreo em Berlim a 3 de Fevereiro de 1945.

Reinhard Heydrich (1904 - 1942)
Chefe da Polícia de Segurança e da SD
Protector do Reich actuante em Boémia e Morávia
Heydrich foi desde 1938 uma figura chave na eliminação e extermínio de Judeus na Europa. Desde a anexação da Áustria a SD evidenciou-se pela organização da emigração forçada. Após o programa de Novembro de 1938 Heydrich encarcerou 26.000 Judeus na Alemanha em campos de concentração. Com o início da segunda guerra mundial a 1.9.1939, Heydrich organizou a getização dos judeus e a instituição de conselheiros mais velhos em todas as comarcas judaicas na Polónia. Após a invasão na união soviética recomendou em seguida a execução de grupos suplementares, funcionários comunistas e judeus em idade de objectores de consciência. 

Com a sua ordem os grupos suplementares transformam-se em assassinos em massa sistemáticos em toda a população judaica dos locais soviéticos ocupados. Equipado com um escrito de procuração de 31.7.1941 assinado por Göring para a execução do „extermínio da questão judaica“, Heydrich planeou o assassinato de 11 milhões de judeus europeus.

Nascido em Halle a. d. Saale, filho de um compositor e director do conservatório. Liceu católico, em 1920 combatente voluntário. Entrada na marinha do Reich em 1922 como tenente do mar demitido por desonestidade por causa de uma promessa de honra quebrada. Em 1931 entrou no NSDAP e nas SS. Em Julho de 1932 foi incumbido por Himmler da criação e direcção do serviço de segurança (SD). Em Abril de 1933 director da polícia política bavaria, em Abril de 1934 chefe do serviço de polícia secreta em Berlim. Em Junho de 1936 chefe da polícia de segurança, em Setembro de 1939 chefe do serviço central de segurança do Reich (RSHA). Em 27 de Maio de 1942 morre na sequência de um atentado dos combatentes da resistência tchetchena em Praga a 4 de junho de 1942. 



Otto Hofmann (1896 - 1982)
Chefe das SS-serviço Central Colonial e Racial
Hofmann participou como chefe de serviço central de 1940 a 1943 no lugar de chefia na política de germanização criminal do território polaco e da união soviética. Foi responsável pela „prova racial“, que teve como consequência a expulsão do seu país de diferentes grupos étnicos e foram substituidos por alemães de diferentes paises, para o envio de crianças polacas para a Alemanha e para o “cuidado individual” das SS. Na conferência de Wannsee Hofmann exigia com insistência a esterilização de “mestiços”.

Nascido em Innsbruck, filho de um comerciante. Escola nacional, Liceu. Voluntário de guerra em Agosto de 1914, tenente em Março de 1917. Prisioneiro de guerra russo em Junho de 1917, fuga para a Alemanha e subsequentemente formação como piloto. Em 1919 desmobiliza, de 1920 a 1925 activo no comércio grossista de vinho, tornando-se posteriormente comerciante de vinho. 

Em Abril de 1923 entrou no NSDAP, em Abril de 1931 entrou nas SS, desde 1933 a sua ocupação profissional principal é chefe das SS. Em Abril de 1943 chefe da facção superior das SS do sudoeste e o mais alto chefe da polícia e das SS em Württemberg, Baden e em Elsass. Comandante dos prisioneiros de guerra no circuito militar V (Sudeste). 

No processo contra o serviço central colonial e racial foi condenado por crime contra a humanidade e crime de guerra a 25 anos de cadeia, demitido em 1954 após perdão da prisão de Landsberg. Depois o empregado comercial em Württemberg, morreu em 1982.


Nascido em Grünfier (Netzekreis) filho de um padre. Liceu, finalista em 1908, estudos de direito, em 1914-18 colocação na frente de batalha, por fim como tenente de reserva. Em 1920/21 estágio de advocacia e em 1921 fez os exames de assessor, depois trabalhou como auxiliar no ministério da justiça do Reich. Em 1925/26 conselheiro do tribunal de comarca no ministério do comércio prussiano. 
Em 1926 regressou ao ministério da justiça do Reich. A 1.1.1938 entrou para o NSDAP. Em Fevereiro de 1938 infracção na chancelaria do reich como chefe da secção B com a indicação sectorial de um director ministerial, no inicio de 1942 subsecretário de estado e no fim do mesmo ano secretário de estado. Em Abril de 1945 foge de Berlim, em Maio de 1945 secretário de estado no governo de Dönitz em Flensburg, subsequentemente é internado em Bruchsal. Em Abril de 1946 é libertado, em Dezembro é novamente preso. Por estar doente é dispensado da prisão,morre em 1947.



Doutor Gerhard Klopfer (1905 - 1987)
Chanceler do NSDAP
Director ministerial

O papel de Klopfer no processo de „extermínio“ resultou na posição central do chanceler no sistema soberano do nacionalsocialismo. Fazia parte dos burocratas mais bem informados e mais influentes do regime do NS. Como chefe da secção de direito público III na chancelaria do NSDAP e adjunto de Martin Bormann foi responsável pelas “questões nacionais e raciais”, política económica, colaboração com o RSHA e perguntas fundamentais da política de ocupação. Em Novembro de 1942 participou como secretário de estado em outra limitação dos direitos dos judeus vivos em „mestiços”.





Nascido em Schreibersdorf (Schlesien), filho de um agricultor. Liceu, finalista em 1923, estudos de direito e de ciências económicas em Jena e Breslau, doutoramento em 1927com o título de Dr. jur., em 1931 juiz de comarca em Düsseldorf. 


Em Abril de 1933 entrou para o NSDAP e SA. No final de 1933 correspondente no ministério da agricultura prussiano, em 1934 no serviço da policia secreta. Em Abril de 1935 ao serviço do "adjunto do dirigente", Rudolf Hess. Em 1935 entrou nas SS, sendo aí chefe local central. Em 1938 como conselheiro ministerial ocupa-se com a expropriação das empresas judaicas. 

Em Abril de 1945 foge de Berlim, mais tarde é internado. Após abandonar a prisão em 1949 ao esclarecer o principal tribunal de depuração política de Nuremberg para “minorias”. Em 1952 foi ajudante em Steuersachen, em 1956 foi advogado em Ulm. Um processo de intervenção devido à participação na conferência de Wannsee foi arquivado em 1962 pela  procuradoria, morreu em 1987. 




Wilhelm Kritzinger (1890 - 1947)
Chanceler do Reich
Director ministerial

Kritzinger foi depois do chefe da chancelaria do Reich,Lammers, o segundo homem a ocupar esta posição. Assim ele possuía conhecimentos sobre todas as medidas anti judaicas e estava por dentro da chancelaria do Reich, com uma forte ligação aos „problemas dos judeus“. No ano de 1939/1940 participou na elaboração de decretos contra os „parasitas nacionais“ e no decreto 11. da lei dos cidadãos do Reich, o fundamento para a apropriação dos bens dos judeus alemães antes da sua deportação. 



Enquanto secretário de estado ocupava-se em 1942/1943 com a preparação de decretos para a limitação dos recursos legais dos judeus. Durante o interrogatório depois de 1945 Kritzinger concedeu a sua participação na conferência de Wannsee, confessando o seu carácter crimininoso.




Nascido em Grünfier (Netzekreis) filho de um padre. Liceu, finalista em 1908, estudos de direito, em 1914-18 colocação na frente de batalha, por fim como tenente de reserva. Em 1920/21 estágio de advocacia e em 1921 fez os exames de assessor, depois trabalhou como auxiliar no ministério da justiça do Reich. Em 1925/26 conselheiro do tribunal de comarca no ministério do comércio prussiano. Em 1926 regressou ao ministério da justiça do Reich. 

A 1.1.1938 entrou para o NSDAP. Em Fevereiro de 1938 infracção na chancelaria do reich como chefe da secção B com a indicação sectorial de um director ministerial, no inicio de 1942 subsecretário de estado e no fim do mesmo ano secretário de estado. Em Abril de 1945 foge de Berlim, em Maio de 1945 secretário de estado no governo de Dönitz em Flensburg, subsequentemente é internado em Bruchsal. Em Abril de 1946 é libertado, em Dezembro é novamente preso. Por estar doente é dispensado da prisão, morre em 1947.


Doutor Rudolf Lange (1910 - 1945)
Comandante da Polícia de Segurança
e das SD (KdS)
Durante anos pertenceu aos funcionários da Gestapo do „plano médio“, que garantiam o funcionamento do aparelho de terror. Como é que os grupos suplementares da polícia de segurança e das SD foram formados para matar os judeus na união soviética sob o comando de Heydrich, foi algo instalado durante muito tempo. Como chefe da base militar dos grupos suplementares A, que com o apoio da Wehr-macht invadiram o báltico, conduziu temporariamente o comando suplementar 2, o qual até Dezembro de 1941 matou cerca de 60.000 letãos e judeus deportados para a Letónia. 


Durante muito tempo comandou por conta própria na margem da cidade de Riga acções de assassinato. Na conferência de Wannsee foi ele o “executor perito " das execuções em massa.

Nascido em Weisswasser, filho de um inspector de construção férrea do Reich. Estudou direita, em 1933 na Gestapo de Halle, doutoramento na universidade de Jena, em 1936 no serviço da policia secreta de Berlim, em 1937 entra no NSDAP e nas SS. Em 1938 entra na Gestapo em Viena 1938, em 1939 na de Estugarda, em 1940 é chefe da Gestapo de Weimar e Erfurt. 


Em Setembro de 1940 é representante do chefe da Gestapo de Berlim. Em Dezembro de 1941 é comandante da polícia de segurança e das SS na Letónia. A partir de Janeiro de 1945 é comandante da polícia de segurança e das SS em „Warthegau" e em Fevereiro de 1945 suicida-se em Posen.


Doutor Georg Leibbrandt (1899 - 1982)
Ministério do Reich para as zonas
ocupadas a ocidente
Director ministerial
De 1941 a 1943 Leibbrandt subordinou as secções de politica geral, Ucrânia, Ostland, Cáucaso, Rússia, assim como a imprensa e a cultura. Nesta função estava relacionado em grande medida com o genocídio dos judeus. Já em Outubro de 1941 participou numa discussão com Heydrich, na qual foi aconselhado acerca da inclusão de todos os judeus no programa de extermínio. Dois dias após a conferência de Wannsee convidou-o para uma discussão de serviço sobre a definição do conceito de “Judeu” nas “zonas ocidentais” .

Nascido em Hoffnungsthal , Odessa fez o liceu em Dorpat e Odessa. Fugiu para Berlim, a partir de 1920 estudou Teologia, Filosofia e economia nacional em Tübingen e Leipzig. Fez viagens de estudo por Paris, Londres, ex-URSS e EUA. Em 1927 fez doutoramento para o título de Dr. phil. Em 1933 entrou no NSDAP. No serviço de politica externa do NSDAP foi chefe da secção ocidental. Depois foi responsável pela propaganda anti soviética e anti comunista. 


Em 1938 assistente no Volksgerichtshof (tribunal nacional), em Julho de 1941 foi chefe da principal secção (politica) no ministério do Reich para as zonas ocidentais ocupadas. No verão de 1943 foi enviado a serviço para a marinha de guerra. Em 1945 foi internado, em 1949 foi libertado da prisão, em Janeiro de 1950 foi investigado pelo tribunal de comarca de Nürnberg-Fürth, o processo foi arquivado em Agosto de 1950. Sem mais perseguições morreu  em 1982.


Martin Luther (1895 - 1945)



Ministério dós Negócios Estrangeiros

Subsecretário de Estado
Luther foi responsável pela colaboração com Himmler e com o serviço central de segurança do Reich assim como pelo Ressort D III (“questão judaica politica racial; informação dos representantes no estrangeiro sobre importantes procedimentos de politica interna”) entre 1940 e 1943 na qualidade de chefe da secção D (Alemanha). Através da sua colaboração intensa com o serviço central de segurança do Reich e aqui em particular com o chefe de serviço Adolf Eichmanns, Luther transformou a secção D numa das entidades que mais participaram no “extermínio”. Na sequência existe a contribuição do serviço de estrangeiros para o genocídio, sobretudo as deportações preparadas e asseguradas diplomaticamente dos paises ocupados e amigos. Na conferência de Wannsee Luther recomendou aos países nórdicos que aguardasse m por agora tendo em considerando o escasso „número de judeus“ e as dificuldades esperadas e para se concentrarem no sudeste e ocidente europeu.

Nascido em Berlim, sem formação escolar superior, voluntário de guerra em 1941, tenente em 1918, subsequentemente agente de móveis. Em Março de 1932 entrou no NSDAP, em 1933/34 foi chefe do conselho económico em Berlim, em 1936 foi chefe do conselho do partido nas incumbências do NSDAP para as questões de politica externa, Joachim von Ribbentrop. Após cuja nomeação para ministro dos negócios estrangeiros foi o chefe do relatório especial do NSDAP no serviço de estrangeiros. 


Em 1941 director ministerial com indicação de serviço „subsecretário de estado“. Por causa da tentativa de apoiar Ribbentrop, foi preso a 16 de Fevereiro de 1943 e preso nas KZ Sachsenhausen como “refugiado privilegiado”. Foi libertado pelo exército vermelho vindo a morrer um mês mais tarde em Berlim.

Doutor Albert Meyer (1891 - 1945)

Ministério do Reich para zonas ocidentais ocupadas
Secretário de Estado
Como adjunto do ministro Alfred Rosenberg Meyer foi responsável do verão de 1941 a Novembro de 1942 pelas três principais secções Politica, Gestão e Economia. Nesta qualidade participou na exploração e pilhagem das zonas soviéticas ocupadas, pela pressão e assassinato dos seus habitantes, e em particular da população judaica. Meyer foi convidado para a conferência de Wannsee, porque no local de gestão do seu ministério já tinha começado o genocídio aos judeus pelos grupos suplementares. Em Wannsee Meyer exigia „trabalho conscientemente preparado“ sempre a executar no seu lugar, sem contudo inquietar a população. Em Julho de 1942 ele propõe levar a cabo na união soviética as mesmas medidas contra os „mestiços“ que tinham sido tomadas contra os judeus.

Nascido na casa evangélica de seus pais em Göttingen, filho de um conselheiro de construção e de governo. É finalista em 1911 no liceu de Soest, em 1912 é cadete, em 1914 é chefe de batalhão e mais tarde de companhia. Em 1917é prisioneiro de guerra francês, em 1920 é demitido de Major. Funcionário comercial estudos em ciência do direito e do estado assim como em economia nacional. Em 1922 faz doutoramento para o titulo de Dr. rer. pol., de 1923 a 1930 é correspondente jurídico numa mina em Zeche. 


Em 1928 entra para o NSDAP e para chefe do grupo ocidental, em 1929/30 é chefe do distrito Emscher-Lippe. Em Setembro de 1930 é membro do Reichstag (parlamento), em 1931 é chefe do circulo do NSDAP em Westfalen-Nord. Em Maio de 1933 é secretário do Reich de Lippe e Schaumburg-Lippe, em 1936 é dirigente do governo regional de Lippe. Em 1938 é o presidente da província de Westfalen e dirigente dos grupos mais importantes das SA. A partir de Novembro de 1942 é comissário para a representação do Reich em Westfalen-Nord. Em Maio de 1945 comete suicídio.

Heinrich Müller (1900 - ?)
Serviço Central de Segurança do Reich
Chefe Serviço IV
Como chefe da polícia de estado secreta (Gestapo) esteve envolvido em quase todos os crimes, que foram organizados, preparados e planeados pelo RSHA, em particular participou activamente no genocídio dos judeus europeus. Desde o início de Setembro de 1939 deu indicações para o „tratamento especial“ (assassinato) de inimigos políticos. Também lhe estava subordinado o „relatório judaico assim designado e conduzido por Eichmann. Sobre o genocídio de judeus na união soviética esteve envolvido em todos os pormenores. Müller formulou a pedido de Heydrich ordens aos grupos suplementares e foi responsável pela redacção dos „comunicados de acontecimentos“, para os quais foram resumidos os relatórios dos grupos suplementares. Müller pertencia em geral aos mais poderosos criminosos de secretariado do regime NS.

Nascido em Munique numa família católica, o pai era funcionário da polícia. Frequentou a universidade popular, foi professor de mecânica de avião, em 1917 foi voluntário de guerra, em 1919 foi demitido de sub oficial. Depois foi director da polícia de Munique. Em 1929 foi secretário da polícia na polícia politica de Munique, acção contra organizações comunistas. 


Em 1934 entrou nas SS, transferência para Berlim para o serviço de polícia de estado secreta. Em 1936 chefe adjunto do serviço da polícia politica no serviço central da polícia de segurança. No final de 1938 adesão ao NSDAP. Em 1939 é responsável pela central do Reich para a emigração judaica, a partir de Outubro de 1939 é chefe do serviço IV (Gestapo) do RSHA no âmbito de um dirigente do grupo das SS e um tenente geberal da polícia. Extinto desde Maio de 1945.

Erich Neumann (1892 - 1948)

Serviço dos assuntos para o plano de quatro anos
Secretário de Estado
Já em Novembro de 1938 Neumann participou de uma discussão com Göring sobre a „arianização da economia“ assim como a caracterização e isolamento dos judeus. Na conferência de Wannsee ele representou os ministérios da economia, do trabalho, das finanças, da alimentação, dos transportes assim como o armamento e munições. Göring como secretário de estado escutou Neumann sobre os interesses das entidades economicamente belicistas e exigiu que não se deportassem por agora trabalhadores judaicos em empresas belicamente importantes.

Nascido em Forst (Niederlausitz) numa família evangélica, filho de um industrial. Liceu, finalista e estudou direito e economia nacional em Freiburg, Leipzig e Halle. Fez o serviço militar entre 1914-17, por fim tenente. Em 1920 foi assessor do governo no ministério do interior prussiano, depois no distrito de Essen. Em 1923 foi conselheiro do governo no governo do comércio prussiano. De 1927 a 1928 conselheiro em Freystadt (Niederschlesien), depois como conselheiro ministerial novamente no ministério do Comércio. 


Em Setembro de 1932 director ministerial no ministério prussiano do estado, responsável pelas reformas de gestão. Em Maio de 1933 entrou para o NSDAP, em Agosto de 1934 entrou nas SS. No final de 1935 no ministério prussiano do estado, em Outubro de 1936 no serviço dos assuntos para o plano dos quatro anos, Hermann Göring. A partir do verão de 1938 secretário de estado, a partir de 1941 adjunto do presidente do conselho de administração da continental Erdöl AG para a exploração de jazigos petrolíferos nas zonas ocupadas da união soviética. A partir de Agosto de 1942 é director geral da Kalisyndikats alemã GmbH, em 1945 é internado. No inicio de 1948 é libertado devido à sua doença, acabando por  morrer.

Doutor Eberhard Schöngarth (1903 - 1946)
Comandante da policia de segurança
e das SD (BdS)
Como comandante da polícia de segurança e das SD para o completo governo-general, Schöngarth participou em todas as medidas de pressão e aniquilamento contra a população polaca e judaica na polónia ocupada. Após a invasão da união soviética foi colocado um comando suplementar de Julho a Setembro de 1941 na galícia ocidental, onde assassinou no território limitado da Polónia mais de 4.000 judeus homens.

Nascido em Leipzig, filho de um chefe de construção. Ensino secundário, em 1920 combatente voluntário. Em 1922 finalista, entrada no NSDAP e SA, de 1922-1924 funcionário bancário. Em 1924 estudou ciências do estado e do direito em Leipzig, em Junho de 1929 doutoramento para o título de Dr. jur., a partir de Junho de 1932 assessor do tribunal no tribunal de comarca de Magdeburg, Erfurt e Torgau. 


Em 1933 entrou nas SS, em Novembro de 1933 na direcção de posto do Reich Erfurt, desde 1935 está na secção de imprensa do serviço de polícia do estado secreta, a partir do ano anterior de 1936 chefe da polícia estatal em Dortmund, Bielefeld e Münster. Em 1939 conselheiro superior do governo e dirigente superior das SS. Em Maio de 1944 comandante da policia de segurança e das SD nos países baixos ocupados. Em Fevereiro de 1946 condenado à morte e executado por um tribunal militar britânico por causa da morte de um preso de guerra.

Doutor Wilhelm Stuckart (1902 - 1953)

Ministério do interior do Reich

Secretário de Estado
Desde 1935 Stuckart participou no ministério do interior do Reich com a secção I a ele subordinada („constituição, legislação, gestão“) na elaboração de todas as leis e decretos fundamentais contra os judeus habitantes do Reich alemão, em particular da “legislação dos cidadãos do Reich” e da “lei para a protecção do sangue alemão e da honra alemã (Leis de nuremberga). Em 1940 participou na elaboração para retirar aos judeus a cidadania alemã, em 1941 elaborou uma proposta para a caracterização dos judeus no Reich alemão. Na conferência de Wannsee Stuckart propõe a esterilização forçada dos „mestiços“. Em Abril de 1943 ele conduziu uma conferência de secretário de estado sobre a „censura de acções praticadas pelos judeus puníveis pela polícia”. (13. Decreto da lei do cidadão do Reich).

Nascido em Wiesbaden, filho de um funcionário dos caminhos-de-ferro, educado na cristandade, finalista, em 1919 combatente voluntário, a partir de 1922 estuda direito em Munique e Frankfurt/Main. Em Dezembro de 1922 entra no NSDAP, em 1928 doutoramneto para o título de Dr. jur., a partir de 1930 juiz de comarca, de 1932 a Março de 1933 advogado e correspondente jurídico das SA em Pommern. 


Em Junho de 1933 secretário de estado no ministério prussiano da economia, em 1934 secretário de estado do ministério da economia, educação e formação nacional, em 1935 secretário de estado no ministério do interior do Reich. Em 1936 entra nas SS, em 1944 dirigente do grupo superior das SS. Em Maio de 1945 como ministro do interior do governo de Dönitz internado em Flensburg. 


Em Abril de 1949 no „processo de Wilhelmstraßen" condenado a três anos e dez meses de cadeia, os quais funcionam como cumpridos por causa da anterior prisão. Em 1950 é classificado pelo processo do tribunal de depuração político como “colaborador“ e em 1952 é condenado ao pagamento de coima de 50.000 marcos. Em Novembro de 1953 infelizmente morre.
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