O
movimento islâmico palestino Hamas pediu nesta sexta-feira que o
presidente Mahmoud Abbas interrompa suas reuniões com Israel, em
resposta às prisões do chefe do Parlamento e depois de um de seus
membros.
"A resposta para a prisão do doutor Aziz Dweik deve ser
colocar fim às negociações absurdas e fracassadas (com Israel). Nenhum
palestino deve dar a mão a seu inimigo ou a seu ocupante, que prende os
símbolos da legitimidade e dos deputados", declarou o chefe do governo
Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh.
Dweik, membro do Hamas, foi detido
na quinta-feira em um posto de controle do exército israelense em Jabaa,
entre Ramalah e Jerusalém, quando se dirigia a Hebrón, no sul da
Cisjordânia.
"A reconciliação e a coordenação com o inimigo em matéria de segurança são incompatíveis", disse Haniyeh.
O
exército israelense confirmou as duas prisões, dizendo nos dois casos
que os detidos eram suspeitos de "envolvimento nas atividades de um
grupo terrorista", referindo-se ao Hamas.
Nos dias 3, 9 e 15 de
janeiro, a Jordânia abrigou encontros entre delegados israelenses e
palestinos, os primeiros desde setembro de 2010, para examinar as
possibilidades de retomar as negociações de paz.