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Razão e bom-senso



Osias Wurman
O fracasso total da midiática Flotilha II, que pretendia romper o bloqueio naval imposto por Israel à Gaza, deve deixar ensinamentos preciosos para o futuro relacionamento entre Israel e os palestinos.
O contraste entre a dramática abordagem, feita há um ano, ao barco líder da Flotilha I, e a tranqüila “desmontagem” do capítulo II da novela, mostram a evolução nos métodos empregados por Israel e seus aliados.
Uma campanha internacional, explicando que os acessos terrestres a Gaza estão abertos, tanto via Israel como via Egito, desmobilizou uma grande parte dos que iriam embarcar na nova aventura.
Os organizadores do evento esperavam os mesmos 1500 participantes do ano passado, mas só arregimentaram menos de 300 pessoas, alguns dos quais judeus americanos e canadenses.
Os esforços diplomáticos evitaram um novo derramamento de sangue.

Desta vez, a posição forte do governo turco, opondo-se a servir como ponto de partida para a flotilha, bem como a dos gregos que bloquearam a saída dos barcos, facilitaram a ação das forças de defesa de Israel contra o único barco remanescente.

O exemplo de moderação de Israel, bem como a participação de nações amigas, em favor da mediação e do entendimento, poderá ser usado no caso da pretendida declaração unilateral de um Estado Palestino em setembro próximo.

Declarar um Estado palestino com fronteiras inexistentes, ou inaceitáveis para seu vizinho, com um governo que aglomera partidos que pregam abertamente a destruição de Israel, como é o caso do Hamas, é ato de agressão política que pode desencadear represálias indesejáveis.

A recente entrevista do vice-premier de Israel Moshe Yaalon, que já foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, que visitou o Brasil recentemente, é esclarecedora neste trecho: “Há aqueles que acreditam que a disputa só é territorial e iniciou-se no ano de 1967. Ela seria resolvida, portanto, com base nas fronteiras daquela época. Mas o conflito não começou em 1967. A rejeição árabe ao Estado judeu é anterior. E eles ainda não estão prontos a reconhecer nosso direito de existência. É essa a essência do conflito.”
Quando prevalece a razão e a diplomacia preservam-se a dignidade e as preciosas vidas.

Osias Wurman- é cônsul honorário de Israel no Rio. E-mail:owurman@globo.com

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