PORTO ALEGRE - Ao discursar durante cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na noite desta quinta-feira, em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff afirmou que as práticas dos campos de concentração nazistas inauguraram uma era de ações desumanas de combate a opositores políticos, repetidas nas décadas seguintes por ditaduras de diversos países.
Sem fazer referência expressa aos anos de chumbo no Brasil, Dilma, que foi presa política no governo militar, disse que o holocausto abriu para o mundo a ideia de tentar silenciar opositores "através da sua redução à subumanidade, da tortura, dor e morte lenta que se praticava nos campos de concentração, que iniciaram as prisões modernas das sociedades humanas do final do século XX e do início do século XXI.
- A partir dali, inaugurou-se uma época de violência industrializada. A tortura científica e as experiências que saíram daquele momento foram empregadas como técnicas em todas as guerras, extermínio de populações ou em todas as lutas decorrentes das ditaduras - completou.
No mesmo pronunciamento, Dilma ainda fez referência indireta a nações como o Irã, frequentemente questionadas pela comunidade internacional pelo desrespeito aos direitos humanos.
- É nosso dever não compactuar com nenhuma foram, qualquer que seja, de violação dos direitos humanos, em qualquer país, incluindo o nosso.
Depois de participar do evento, Dilma partiu em direção a seu apartamento, na Zona Sul da Capital gaúcha. Na manhã desta sexta-feira, a presidente deve se encontrar com o governador gaúcho, Tarso Genro (PT), que deve apresentar reivindicações do Estado referentes a obras do PAC 2 e adoção de medidas de combate a estiagem no Rio Grande do Sul.