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Hamas desafia legitimidade de Abbas e ameaça mais atentados

Grupo acusa Autoridade Palestina de formar uma força de segurança conjunta com Israel
O porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza declarou que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, não tem direito de falar em nome dos palestinos e que o grupo vai continuar com os atentados contra israelenses na Cisjordânia.
Abbas está em Washington para retomar negociações de paz com Israel.
De acordo com o porta-voz, Sami Abu Zuhri, a Autoridade Palestina prendeu 550 membros do Hamas na Cisjordânia nos últimos dois dias, "mas apesar disso, os ataques contra israelenses vão continuar".
Em entrevista coletiva na cidade de Gaza, Abu Zuhri disse que a Autoridade Palestina criou uma força de segurança conjunta com Israel para interrogar os presos do Hamas.
O porta-voz também afirmou que "Abu Mazen (alcunha de Mahmoud Abbas) não tem direito de negociar em nome do povo palestino e os resultados das conversas não terão validade para os palestinos".
Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, devem se reunir nesta quinta-feira em Washington para dar início a negociações diretas, sob os auspícios do governo do presidente americano, Barack Obama.
Na quarta-feira, Obama conversou separadamente na Casa Branca com Netanyahu e com Abbas.'
'Mentiras do Hamas'
A Autoridade Palestina negou as acusações do Hamas e afirmou que "as mentiras que o Hamas divulga têm o objetivo de influenciar a equipe de negociações que se encontra em Washington".
As declarações do Hamas foram feitas após dois atentados, assumidos pelo grupo, contra colonos israelenses na Cisjordânia, que deixaram quatro mortos e dois feridos.
O último ocorreu durante a noite dessa quarta-feira, quando um atirador do Hamas abriu fogo contra um carro em movimento, perto da cidade de Ramallah, ferindo dois colonos israelenses que moram em um assentamento na região.
Depois dos atentados, a Autoridade Palestina lançou uma ampla operação de detenção de membros do Hamas em diversas cidades da Cisjordânia.
De acordo com a imprensa local, só na região de Hebron, onde ocorreu o atentado da última terça feira, há mais de 170 militantes do Hamas detidos e não há mais lugar nas cadeias da Autoridade Palestina.
O Hamas tomou à força o controle da Faixa de Gaza, onde moram um milhão e meio de palestinos, em junho de 2007.
Naquela ocasião, o grupo expulsou o Fatah, organização do presidente Mahmoud Abbas, da Faixa de Gaza e destruiu toda a infraestrutura ligada às instituições presidenciais, inclusive forças de segurança, na região.
A Autoridade Palestina mantém o controle da Cisjordânia, onde moram dois milhões e meio de palestinos, e é reconhecida internacionalmente como liderança dos palestinos e interlocutor legítimo para negociar em nome do povo palestino.
No entanto, o Hamas argumenta que o mandato do presidente palestino terminou em janeiro passado e desafia a legitimidade do governo de Abbas.
As eleições para a Presidência palestina deveriam ter ocorrido em janeiro, porém foram adiadas por tempo indeterminado, por causa da cisão entre o Fatah e o Hamas, que não possibilita a realização do pleito na região da Faixa de Gaza.


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