A História de Dois Judeus
Uma interessante história verídica – dá grande sentido às palavras
"Sina" e "Destino"
A famosa loja de departamentos 'MACY' e Israel...
Um pouco da peculiar história Judaica...

Em 1922, os irmãos e suas esposas estavam excursionando pela Europa, quando, um dia, Nathan, o mais ferrenho sionista entre os dois, disse como que por impulso, "Olha, por que não damos um pulo na Palestina ?"
Naquela ocasião, Israel ainda não tinha o potencial turístico que desfruta hoje. A sua população era assolada pela doença, fome e pobreza; mas os dois irmãos eram enormemente solidários em relação aos cidadãos menos afortunados, e queriam ver a pujança e as instituições de beneficência que haviam propiciado com sua fortuna. Não obstante, após uma semana excursionando, Isidor Straus já tinha visto o bastante."Quantos camelos, casebres e yeshivas você ainda quer ver ? Está na hora de ir embora," Isidor afirmou taxativamente. Porém, Nathan recusou-se a acatar o autoritarismo de seu irmão.
Não porque estivesse alheio às penúrias à sua volta; foi precisamente devido a isto que ele queria ficar. Ele logo percebeu a pluralidade de desafios que seus concidadãos judeus estavam enfrentando, e sentiu-se muitíssimo responsável. "Não podemos partir agora," protestou. "Olha só quanto trabalho tem que ser feito aqui.
Temos que ajudar. Temos meios para ajudar. Não podemos virar as costas para o nosso povo." Ao que seu irmão retrucou, "Então, mandaremos mais dinheiro. Tudo o que quero é sair daqui." Mas Nathan sentia que o dinheiro simplesmente não era tudo. Ele sentia que os judeus que viviam sob circunstâncias tão terríveis, na Palestina, precisavam da presença deles em seu meio: de sua iniciativa, de sua liderança e de suas idéias. Isidor discordou.
Discutiram acirradamente, e no final das contas, Isidor disse, "Já que você insiste, fique aqui. Ida e eu estamos voltando para a América, que é o nosso lugar. Separaram-se. Isidor e sua esposa voltaram para a Europa, enquanto Nathan e esposa ficaram na Palestina, viajando pelo país e doando vultosas quantias para o estabelecimento de programas de educação, saúde e bem estar social, objetivando beneficiar os carentes.
Nathan também financiou a criação de uma novíssima cidade no litoral do Mediterrâneo. E já que seu nome em Hebraico era Nathan, e por ser o principal filantropo, os fundadores a chamaram, em sua homenagem, de... Natânia.
Enquanto isto, de volta à Europa, Isidor preparava-se para retornar para a América, seu lar, de navio, a bordo de um transatlântico, sendo que também fizera reservas para seu irmão, Nathan, e esposa. "Você tem que partir da Palestina IMEDIATAMENTE !" dizia o telegrama urgente que enviara ao irmão. "Eu fiz reservas para vocês, e se não chegarem logo aqui, vão perder o navio."
Mas Nathan demorou. Havia tanto trabalho a ser feito, que ele esperou até o último minuto possível para fazer a conexão. Quando chegou à Londres, era 12 de Abril, e o transatlântico já havia partido do cais de Southampton, com Isidor e Ida Straus a bordo. Nathan sentiu-se inconformado por ter "perdido o navio", e seu irmão bem que o avisara.
Aquela não era uma viagem comum, simples, como um cruzeiro diário qualquer que houvesse perdido, mas, sim, a mais anunciada e inédita viagem do mais famoso navio do século. O navio era o Titanic. Nathan Straus, sentiu-se profundamente angustiado e pesaroso, pelo fato de seu irmão e cunhada não terem percebido a sua intuição de que tinha um encontro com a história.
O fato de saber que evitara a morte atormentou-o pelo resto de sua vida, e até 1931, ano de sua morte, prosseguiu com suas atividades filantrópicas de forma incomparável, em sua época. Atualmente, Natânia é um balneário pitoresco, com uma população de 200.000 habitantes, e sedia o próspero comércio de diamantes de Israel – uma das indústrias mais importantes do país.
E em quase todos os recantos da cidade, existe uma pequena lembrança da generosidade, humanidade e amor que Nathan Straus sentia por sua gente. O seu legado permanece vivo.
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Jorge Magalhães