
Uma das questões da reunião tratava de como devolver as embarcações turcas que faziam parte da flotilha que tentou furar o bloqueio de Gaza no dia 31 de maio, e que continuam atracadas no porto de Ashdod. Na ocasião, forças israelenses atacaram o principal navio e nove pessoas morreram, entre eles oito cidadãos turcos e um turco-americano.
Erdogan havia declarado em diversas ocasiões que não haveria acordos com Israel até que o governo de Benjamin Netanyahu pedisse desculpas pela violenta operação, devolvesse as embarcações, e indenizasse as vítimas. A reunião, no entanto, foi solicitada pelo governo turco. E Netanyahu aceitou sem informar seu ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, o que provocou irritação dentro do governo israelense.
"Isso é uma afronta às normas e um duro golpe para a confiança no ministro das Relações Exteriores e no primeiro-ministro," disse Lieberman em um comunicado.
O Gabinete de Netanyahu afirmou que Lieberman não foi informado sobre o encontro por razões técnicas. Durante uma entrevista a uma rádio na quinta-feira, o chanceler disse que não deixaria a coalizão apesar de estar irritado com a política do premier.