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Os aliados de perfil mais linha-dura da coalizão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmaram nesta quinta-feira, 13, que irão manter as construções em assentamentos judaicos na região oriental de Jerusalém, território reivindicado pelos palestinos. Eles também disseram que continuarão a demolir residências de palestinos consideradas ilegais no setor árabe da cidade.
"Nós construiremos em todas as partes de Jerusalém, a capital do lar do povo judeu para a eternidade, e eu deixei isso claro para nosso amigos americanos", disse o ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, do ultraortodoxo Partido Shas.
Ele também afirmou que Israel nunca deveria suspender as construções em Jerusalém Oriental e que, em breve, irá reunir um comitê municipal para avançar novos projetos. Sua declaração foi feita em um momento em que judeus e palestinos ensaiam uma possível retomada das negociações de paz.
Um dia antes, o ministro de Segurança Pública, Yitzhak Aharonovich, disse que as demolições de casas irregulares de palestinos serão retomadas em dias, após terem sido temporariamente suspensas para não prejudicar a retomada das negociações. "Se houve um adiamento, ele não está mais em efeito", declarou ao Parlamento.
Os dois ministros não fixaram datas ou planos específicos para as medidas, que são condenadas pelos Estados Unidos. Os ministros, porém, indicaram que suas declarações foram dirigidas para o público interno israelense, não para uma audiência internacional.
O porta-voz de Netanyahu, Marc Regev, não fez comentários sobre as declarações. Já um funcionário do governo americano, que falou em condições de anonimato, instou as partes a evitarem declarações que possam acirrar os ânimos e prejudicar negociações.
Nesta segunda, o secretário de gabinete de Netanyahu, Zvi Hauser, já havia afirmado que as construções de novos assentamentos em Jerusalém Oriental prosseguiriam.
A construção não foi paralisada, mas teve o ritmo diminuído pelas autoridades israelenses. Desde que o congelamento parcial foi anunciado, nenhum novo plano foi aprovado, mas os projetos que já haviam sido sancionados pelo governo foram continuados.
