O árabe israelense, Rawi Fuad Sultani, foi condenado nesta terça-feira a quase seis anos de prisão por espionar o chefe do Estado-Maior israelense, general Gabi Ashkenazi.
Sultani, de 23 anos, frequentava a mesma academia de Ashkenazi e, no final de 2009, foi acusado de passar informações sobre a rotina diária do general ao grupo militante libanês Hezbollah.
Segundo a acusação, Sultani era parte de um plano para assassinar o chefe militar israelense. Ele teria se reunido duas vezes com agentes do Hezbollah depois de falar à organização que ele e Ashkenazi frequentavam a mesma academia.
O plano de assassinato do chefe do Estado-Maior israelense seria uma retaliação pela morte do líder do Hezbollah Imad Mughniyeh, em um ataque com um carro bomba planejado pelos israelenses em 2008.
Marrocos
Ainda em 2008, Sultani foi a um acampamento no Marrocos onde encontrou um agente do Hezbollah e contou a ele sobre o contato com o general Ashkenazi.
Ele também teria ido à Polônia, onde se encontrou com um segundo agente do grupo militante libanês.
Neste contato, ele teria passado detalhes sobre a localização e planta da academia frequentada por Ashkenazi, quantos seguranças acompanhavam o general, quais armas usavam e qual o caminho que o militar israelense fazia para chegar à academia.
A promotoria afirma que Sultani confessou as acusações em seus depoimentos para a polícia e a agência interna de inteligência israelense, o Shin Bet.
Israel enfrentou o Líbano em uma guerra em 2006, na qual 1,2 mil libaneses e mais de 160 soldados israelenses foram mortos.
Em 2009, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que a organização mataria qualquer espião israelense que fosse encontrado no Líbano.