O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, reiterou nesta terça-feira que seu governo está decidido a dar prosseguimento à construção em Jerusalém, inclusive na parte árabe oriental da cidade anexada por Israel em junho de 1967.
"Não podemos parar a construção em Jerusalém, nem a leste, nem a oeste, pois é nossa soberania como Estado em nossa capital que está em jogo", afirmou à rádio pública Lieberman, que lidera o partido ultranacionalista Israel Beitenu.
"A comunidade internacional quer que voltemos às linhas (fronteiriças) de junho de 1967, o que não porá fim ao conflito (com os palestinos), e sim o aproximará da região de Tel-Aviv", acrescentou.
Segundo Lieberman, Israel intensificou os gestos de boa vontade, "em particular, aceitando o princípio de um Estado Palestino, suspendendo por dez meses a construção (nas colônias da Cisjordânia) e suprimindo vários pontos de passagem (na Cisjordânia ocupada). Cabe agora aos palestinos fazer concessões".
Os palestinos, que querem fazer de Jerusalém Oriental sua capital, se negam a reiniciar negociações diretas com Israel enquanto não houver uma suspensão total das construções nos territórios ocupados.
Ao ser perguntado sobre as recentes declarações hostis a Israel do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, Lieberman respondeu: "Ele (Erdogan) tenta se aproximar do mundo muçulmano por nossa conta".
"Não soube que ele tenha reagido aos atentados mortíferos praticados por muçulmanos no Paquistão ou no Iraque. Ele também enfrenta um problema com milhões de curdos em seu próprio país, que não consegue resolver", acrescentou Lieberman.