Área havia sido fechada há cinco dias; situação na cidade é tranquila após dias de protestos.
JERUSALÉM - A Polícia de Israel reabriu o acesso à Esplanada das Mesquitas neste quarta-feira, 17, mas mantém reforçado seu alerta e seu dispositivo em Jerusalém Oriental para evitar que se repitam os distúrbios que ocorreram durante a semana. Na terça, 50 palestinos e 15 policiais feridos ficaram feridos e outros 75 manifestantes foram detidos. "A situação em Jerusalém é de calma absoluta", disse o porta-voz da Polícia, Miki Rosenfeld. Segundo ele, os "três mil agentes acionados pela Polícia se mantêm em alerta em Jerusalém Oriental para prevenir que surja violência esporádica". Segundo fontes palestinas, 50 manifestantes árabes foram feridos nas confrontações, que foram reprimidas pela Polícia com balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
As passagens fronteiriças com a Cisjordânia foram abertas na madrugada de terça para quarta-feira, após cinco dias de fechamento total, nos quais centenas de palestinos que trabalham ou estudam em Israel não tiveram acesso ao Estado judeu.
As revoltas populares aconteceram depois que Israel anunciou novas construções em colônias judias na parte palestina de Jerusalém e a inauguração de uma sinagoga na Cidade Antiga, situada na parte ocupada da cidade.
Os extremistas judeus aproveitaram a inauguração da sinagoga para pedir a reconstrução do Terceiro Templo judeu e reivindicar o livre acesso e a possibilidade de celebrar serviços religiosos judeus na Esplanada das Mesquitas, centro de culto muçulmano que abriga as mesquitas de Omar e Al-Aqsa.
Os distúrbios prosseguiram em vários pontos da Cisjordânia e em zonas de Israel com maioria de população árabe, como a cidade de Jaffa, junto a Tel Aviv, e a região de Wadi Ara, no norte, onde houve lançamento de pedras contra carros e ônibus.