Jerusalém, 6 dez (EFE).- Uma israelense decidiu processar a Prefeitura da cidade de Haifa, no norte de Israel, por permitir que vários atores de teatro fumem durante uma peça.
Einav Abrahami, que além de uma apreciadora das artes cênicas é advogada, entrou com uma ação em seu nome e no de outros 3.800 espectadores que viram ou verão o espetáculo teatral até que os juízes estudem o caso, informa hoje o jornal "Yedioth Ahronoth".
Segundo a queixa apresentada, a peça "O lugar do qual eu vim" viola a lei que proíbe o fumo em lugares públicos ao apresentar várias cenas em que os atores fumam no palco.
Representada por um segundo advogado, a mulher, de 31 anos, alega que, durante o espetáculo, o público fica exposto a poluentes contra a sua vontade. Em razão disso, ela exige que os atores da Companhia Municipal de Teatro de Haifa, do mesmo jeito que simulam a morte ou assassinato de alguém, não fumem de verdade.
"O Teatro Municipal de Haifa não está acima da lei", disse Abrahami ao "Yedioth Ahronoth". No jornal, ela explica que a Prefeitura vive um "conflito de interesses", já que "deve garantir a lei que proíbe o tabagismo em lugares públicos" e, ao mesmo tempo, "financia a companhia teatral" que a viola.
Depois de notificada, a Prefeitura disse que leva "muito a sério a aplicação da lei, embora ache a postura da litigante exageradamente extremista".
"Não achamos que o objetivo da lei seja limitar a liberdade de expressão artística", acrescentaram as autoridades municipais.
Caso os juízes deem ganho de causa para a espectadora, a companhia teatral e a Prefeitura terão de pagar uma indenização de 1.000 shekels (US$ 264) a cada um dos 3.800 espectadores expostos à fumaça dos cigarros.
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