israelita Guilad Shalit, pela primeira vez desde a sua captura por
milícias palestinianas em Junho de 2006.
Os clínicos, de diferentes especialidades, fizeram um controlo médico
ao militar, segundo o periódico, tendo sido acompanhados pelo mediador
alemão nas negociações para a troca de prisioneiros.
Trata-se da primeira vez que Shalit foi visitado por observadores
estrangeiros, revela o jornal internacional árabe Al Hayat.
A autorização constituiu um gesto de boa vontade do movimento
islamista Hamas em vésperas de uma troca de prisioneiros com Israel,
um acordo que parece estar a sofrer um atraso de várias semanas, a
crer em informações de vários quadrantes locais e internacionais.
As milícias que têm em seu poder Shalit, capturado num ataque a um
posto de fronteira israelita nos limites com a Faixa de Gaza, exige a
libertação de um milhar de prisioneiros palestinianos em troca do
soldado israelita.
O Al Hayat acrescenta que aviões não pilotados israelitas sobrevoaram
Gaza durante a visita de controlo dos quatro médicos franceses a
Shalit.
O Hamas, explica o periódico, recebeu garantias do mediador alemão de
que não haveria ataques dos israelitas durante a visita.
As negociações para uma troca de prisioneiros prosseguem sob mediação
da Alemanha e do Egipto, mas segundo últimas informações as partes
ainda não chegaram a acordo quanto à última meia centena de detidos a
libertar.
No entanto, um deputado do partido trabalhista israelita afirmou
sábado que a troca de prisioneiros pode estar para "dentro de uma ou
duas semanas".
Daniel Ben Simon, membro do Partido Trabalhista (dirigido por Ehud
Barak, actual ministro da Defesa e parceiro na coligação governamental
no poder em Israel) garantiu que o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu está decidido a chegar rapidamente a um acordo.
"O acordo será tornado público dentro de uma a duas semanas", garantiu
o deputado, falando em público durante um acto cultural em Beersheva,
no sul de Israel, uma afirmação que o gabinete do chefe do governo já
desmentiu categoricamente.
"O primeiro-ministro nunca disse isso", comunicou o seu secretariado.
Israel e o Hamas mantêm sigilo absoluto sobre as negociações para a
liberação do soldado Gilad Shalit, de 23 anos e com dupla
nacionalidade francesa.
Daniel Ben Simon, no entanto, felicitou este "gesto de liderança" de
Netanyahu, que substitui à frente do governo israelita o seu
antecessor Ehud Olmert.
"Olmert não estava preparado para pagar o preço exigido para a
libertação de Shalit e eu estou feliz por Netanyahu o fazer agora",
declarou o deputado trabalhista.
O Hamas, movimento islamista palestiniano que controla a Faixa de
Gaza, exige em troca do soldado israelita a libertação de um milhar de
prisioneiros palestinianos, entre os quais chefes políticos e
militares da segunda Intifada dos anos 2000.
Ben Simon garantiu que o líder palestiniano Marwan Barghuthi, símbolo
da Intifada e actualmente detido em Israel, está entre os prisioneiros
a libertar.
"Está na lista, a questão é decidir se será expulso para o estrangeiro
ou deixado com movimentos livres na Cisjordânia", especificou o
deputado.
Estas afirmações, contudo, contradizem palavras do ministro dos
Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, que quarta-feira
excluiu categoricamente que Marwan Barghuthi esteja entre os
prisioneiros palestinianos a libertar em troca de Shalit.
Barghuthi foi detido pelo exército israelita em 2002 e condenado, em
Junho de 2004, a prisão perpétua por envolvimento directo em quatro
atentados anti-israelitas em Jerusalém que custaram a vida a cinco
pessoas durante a Intifada.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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