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Obama quer diálogo imediato no Oriente Médio, diz enviado

O emissário especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, assegurou nesta segunda-feira, 8, que o presidente Barack Obama quer que as negociações de paz entre israelenses e palestinos sejam retomadas imediatamente.O funcionário chega nesta segunda-feira a Israel para abrir um escritório permanente em Jerusalém, que deverá fiscalizar a atuação do governo israelense na Cisjordânia.


Segundo Mitchell, o objetivo é impulsionar os trabalhos para a assinatura de um amplo acordo de paz. "O presidente me pediu que use todos os meios para conseguir que as partes se reúnam", afirmou. A tarefa principal neste momento é conseguir mais apoio para as autoridades palestinas, de modo que consolidem as instituições e sua capacidade para um objetivo final, "um Estado palestino independente e duradouro", ressaltou.



Segundo a BBC, Mitchell deverá informar diretamente a Casa Branca sobre qualquer desdobramento contrário à nova estratégia do presidente Barack Obama para a região. A vinda do emissário vem poucos dias depois do discurso do presidente americano, Barack Obama, no Cairo, no qual ele reiterou a exigência de um congelamento total da construção de assentamentos israelenses nos territórios ocupados. Para a imprensa israelense, o escritório de Mitchell em Jerusalém servirá como um "posto avançado" da Casa Branca em Israel que informará "diretamente e diariamente a Casa Branca sobre o andamento do congelamento dos assentamentos".



Assentamentos



A questão dos assentamentos tem estado no centro de profundas divergências entre Israel e o governo de Barack Obama. O governo de Benjamin Netanyahu afirma que "houve um entendimento com o ex-presidente George W. Bush sobre a continuação da construção nos grandes blocos de assentamentos para suprir as necessidades de crescimento natural".



A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, no entanto, negou os "entendimentos". "O governo anterior não passou ao governo atual qualquer orientação nesse sentido", afirmou Hillary, reiterando a exigência americana de que "todas as construções" de assentamentos na Cisjordânia sejam congeladas.



Mitchell é conhecido por sua posição incisiva contra a ampliação dos assentamentos israelenses, desde 2001, quando escreveu um relatório - conhecido como Relatório Mitchell - traçando um paralelo entre a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e a violência de militantes palestinos.



O relatório, encomendado pelo presidente George W. Bush, exigia que Israel congelasse totalmente a construção de assentamentos, inclusive a expansão para fins chamados por Israel de "crescimento natural". O documento também exigia que os grupos militantes palestinos parassem os atos de violência contra civis israelenses.



Segundo o ministério das Relações Exteriores de Israel, seria "desumano congelar o crescimento natural dos assentamentos". De acordo com o jornal Haaretz, o ministro do Interior, Eli Ishai, do partido ultraortodoxo Shas, instruiu seus subordinados a agir no sentido de ampliar a área municipal dos assentamentos na Cisjordânia. "Os povoados da Judeia e Samaria (nome bíblico para a Cisjordânia) sofreram, durante anos, de discriminação e vários tipos de deturpação", disse o ministro. Segundo Ishai, o congelamento significa "a expulsão física" de colonos.



O primeiro-ministro Netanyahu declarou que no próximo domingo irá responder ao discurso que o presidente Obama fez na Universidade do Cairo, com um discurso na Universidade de Bar Ilan, no qual "explicará, em detalhes, a posição de Israel sobre o processo de paz". A escolha da Universidade de Bar Ilan como local do discurso pode ter um significado político. A universidade é uma instituição religiosa, identificada com a corrente nacionalista-religiosa da política israelense, que apoia os assentamentos israelenses na Cisjordânia.

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