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Netanyahu inicia negociações para formar coalizão em Israel


O líder do partido de direita Likud, Binyamin Netanyahu, inicia nesta quarta-feira negociações com partidos de extrema direita e ultraortodoxos do país para formar uma coalizão em que o Likud será o partido mais à esquerda.

Depois de receber respostas negativas tanto do partido de centro Kadima como do Partido Trabalhista, Netanyahu vai tentar compor uma coalizão com cinco partidos cujas posições politicas são consideradas à direita de seu próprio partido, o Likud.

Netanyahu vai se reunir com representantes de dois partidos ultraortodoxos - o Shas, que obteve 11 cadeiras no Parlamento, e o Yahadut Hatorah (Judaísmo da Torah), que obteve cinco.

O líder do Likud também deverá se encontrar com representantes do partido de extrema direita e secular Israel Beiteinu (15 cadeiras) e de mais dois partidos da linha nacionalista religiosa - o Ihud Leumi (União Nacional), que obteve quatro cadeiras, e o Habait Hayhudi (Lar Judaico), com três.

Se conseguir chegar a um acordo com esses cinco partidos, Netanyahu deverá formar uma coalizão bastante instável, baseada no apoio de apenas 65 dos 120 membros do Parlamento, e cada um dos partidos, ou mesmo a dissidência de alguns membros do próprio Likud, poderá levar à queda do governo.

Consenso

Existe um consenso básico entre o Likud e seus cinco parceiros potenciais sobre a questão do conflito com os palestinos, pois todos os partidos são contra a criação de um Estado Palestino nos territórios ocupados, contra a divisão de Jerusalém e contra a retirada de assentamentos.

Porém, há várias divergências sobre outros temas fundamentais para a sociedade israelense, como o conflito entre religiosos e seculares que pode dificultar a formação da coalizão.

O partido Israel Beiteinu, liderado por Avigdor Liberman, é secular e muitos de seus eleitores são imigrantes da ex-União Soviética.

Entre os imigrantes, há cerca de 300 mil que não podem se casar em Israel porque não são judeus e não existe casamento civil em Israel.

Uma das condições básicas do Israel Beiteinu para entrar na coalizão governamental é a instauração do casamento civil, que seria fortemente vetado pelos partidos ultraortodoxos, que defendem a continuação do monopólio do rabinato sobre casamentos e divórcios.

O Israel Beiteinu exige que sejam instauradas regras menos rígidas do que as existentes para a conversão de não judeus ao judaísmo, e essa exigência também deverá enfrentar uma forte oposição por parte dos partidos ultraortodoxos.

Economia

Outro problema que Netanyahu deverá enfrentar nas negociações para a formação da coalizão será de caráter econômico.

Os partidos ultraortodoxos já afirmaram que exigirão mais recursos para subsidiar famílias numerosas e a construção de moradias para o setor ultraortodoxo da população.

Em plena crise econômica, Netanyahu terá dificuldades para satisfazer as exigências orçamentárias desses partidos, mas, sem eles, não poderá formar uma coalizão.

Os partidos da linha nacionalista religiosa, cujo eleitorado é constituído principalmente por colonos que moram nos assentamentos na Cisjordânia, já anunciaram que vão exigir mais orçamentos para a consolidação da infraestrutura e a expansão da construção dos assentamentos.

Além dos problemas orçamentários, as exigências do Ihud Leumi e do Habait Hayhudi também podem criar problemas políticos e diplomáticos para Netanyahu pela forte oposição da comunidade internacional à ampliação dos assentamentos.

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