Hot Widget

Type Here to Get Search Results !

Hamas quer que continuar a guerra




DOHA, Catar - O líder político do Hamas, Khaled Meshaal, disse nesta sexta-feira, 16 que o movimento islâmico não aceita as condições de Israel para uma trégua na Faixa de Gaza e insistiu que o isolamento do território palestino deve ser levantado antes que o grupo islâmico interrompa seus ataques com foguetes contra as populações fronteiriças israelenses. A declaração foi feita em Doha, capital do Catar, onde participa de uma reunião de cúpula regional sobre a crise na Faixa de Gaza. Os líderes dos grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica chegaram nesta sexta-feira a Doha (Catar) para participar de uma reunião de dirigentes árabes a respeito da crise em Gaza, segundo políticos palestinos. Além de Meshaal, principal dirigente político do grupo, a delegação palestina inclui Ramadan Shallah, líder da Jihad Islâmica; e Ahmad Jibril, chefe da facção laica Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral. Todos esses dirigentes vivem exilados na Síria, que deu apoio à proposta do Catar para uma cúpula de emergência a respeito da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que já matou mais de 1.100 palestinos. A Liga Árabe disse que a reunião de Doha não tem quórum suficiente para ser considerada uma cúpula árabe oficial.

Mashaal pediu ainda apoio ao Hamas em suas exigências, que os países árabes boicotem Israel e cortem os vínculos com o Estado judeu. Ele afirmou que o grupo insiste em suas exigências de que a fronteira seja aberta imediatamente e assinalou que o Hamas não aceitará as condições israelenses - cessar-fogo total dos ataques com foguetes e garantias de que o Hamas não se rearme . "Eu asseguro: apesar de toda a destruição em Gaza, não aceitaremos as condições de Israel para um cessar-fogo.

O Hamas e as autoridades egípcias - o Egito está intermediando separadamente entre o grupo palestino e Israel - definiram um plano de cinco pontos para colocar fim ao conflito em Gaza, que já dura três semanas: que a trégua recíproca começasse no sábado e fosse seguida da transferência de ajuda humanitária na Faixa de Gaza; as forças israelenses deve retirar todos os seus soldados do território palestino na primeira semana de trégua; o fluxo de mercadorias para Gaza deve ser retomado, ou seja, o fim do embargo econômico, e monitorado por observadores do Egito, da Europa e da Turquia; a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, deve ser reaberta e monitorada por forças da Autoridade Nacional Palestina, liderada por Mahmoud Abbas, observadores e soldados de forças internacionais até que um governo de unidade palestina seja implementado; a trégua teria validade de um ano com possibilidade de ser renovada.

Durante o encontro, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que a iniciativa pela paz árabe com Israel está "morta" e reforçou o pedido do Hamas para que países árabes rompam laços diplomáticos com o governo israelense. Assad pediu ainda pelo fechamento das embaixadas árabes em Israel.

Críticas a Abbas

O emir do Catar, xeque Hamad bin Khalifa al-Zani, criticou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, por não assistir à cúpula de chefes de Estado árabes, organizada em Doha, para discutir a crise na Faixa de Gaza. "Esperávamos que nosso irmão Mahmoud Abbas estivesse conosco para discutir o assunto de sua gente. Se não tivéssemos nos reunido nesta ocasião, quando nos reuniríamos", disse o emir, na inauguração da reunião, segundo a rede de televisão catariana Al Jazira. "O mais importante para nós é parar a agressão (israelense) e aliviar o sofrimento de nossos irmãos em Gaza", acrescentou o emir.

Doze países dos 22 membros da Liga Árabe participam da reunião com seus chefes de Estado ou seus representantes: Argélia, Líbia, Síria, Líbano, Sudão, Mauritânia, Iraque, Djibuti, Comores, Catar, Omã e Marrocos. Além disso, estão presentes o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e enviados da Indonésia, Turquia e Senegal. A reunião, convocada pelo Catar, coincide com uma reunião ministerial da Liga Árabe no Kuwait, que foi organizada independentemente à de Doha, o que reflete a divisão entre os árabes sobre como tratar o conflito na Faixa de Gaza.

"Esta agressão foi lançada depois de Israel se dar conta de que não haverá nenhuma solução sem a criação de um Estado palestino e sem a restauração de Jerusalém, por isso quis impor novas regras para acabar com a resistência", disse Mashaal. Além disso, afirmou que a ofensiva israelense contra Gaza acabará em breve devido à firmeza do povo palestino, e reiterou suas condições para o fim das hostilidades. "Rafah é uma passagem palestino-egípcia e podemos alcançar acordos para abrir esse cruzamento", acrescentou.

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Top Post Ad

Below Post Ad

Ads Section