Teerã, 25 nov (EFE).- O procurador-geral de Teerã, Said Mortazavi, pedirá pena de morte para os membros de uma suposta rede de espionagem a favor de Israel que foi desmantelada recentemente, informou hoje a agência de notícias iraniana "Fars".
"Os membros desta rede tinham vínculos diretos com os serviços de inteligência de Israel (Mossad) e tinham recebido treinamento nas cidades israelenses de Herzliya e Caesarea", disse Mortazavi, em declarações citadas pela agência.
Além disso, disse que a organização de espionagem é formada por três pessoas.
Na segunda-feira, o comandante do corpo da Guarda Revolucionária, Mohamad Ali Jaafari, anunciou o desmantelamento dessa rede, mas não deu detalhes sobre o número de detidos nem a data em que ocorreu a detenção.
"Esta rede reunia dados sobre os centros nucleares do país, os importantes centros da Guarda Revolucionária, assim como de importantes personalidades políticas e militares do país, e as transferia ao regime sionista (Israel)", disse Jaafari à "Fars".
O alto comando militar, que disse que a detenção tinha acontecido graças à colaboração da Guarda Revolucionária, acrescentou que "esta rede, cuja relação com o Mossad (serviço de espionagem israelense) foi esclarecida, finalmente desmantelada e todos seus membros detidos".
Na operação, foram apreendidos avançados sistemas de telecomunicações pertencentes ao Mossad, disse Jaafari.
O responsável militar afirmou que os detidos tinham confessado ter recebido treinamento "especial em Israel para cometer atos terroristas e adquirido equipamentos avançados".
No último dia 22, a agência "Fars" informou sobre a execução de um cidadão iraniano que tinha sido condenado à pena de morte após ser declarado culpado de espionar para Israel. EFE
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Magal
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