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TROCAR OU NÃO TROCAR

TROCAR OU NÃO TROCAR
Poucas coisas são mais complicadas do que negociações para libertação de seqüestrados. Mais ainda quando se trata de seqüestros no Oriente Médio. Neste momento, Israel negocia a libertação de três soldados levados há dois anos por duas das mais violentas organizações terroristas do mundo: o Hamas e o Hezbollah. O preço a pagar é polêmico. Será que vale a pena trocar os soldados por centenas de presos palestinos e libaneses que cumprem penas longas por crimes graves?

Seria essa troca um incentivo para novos seqüestros de soldados – ou civis – israelenses? Por outro lado, que preço Israel pagaria recusando as demandas dos seqüestradores? Mais do que a morte dos soldados, isso custaria ao país a incredulidade dos futuros soldados, que perderiam a confiança na cúpula militar e política do país ao qual servem. "Em Israel, você nasce com o sentimento de que, se for enviado para a batalha, o país fará tudo o que puder para trazê-lo de volta. Morto ou vivo", disse Rafi Smith, que preside um instituto de pesquisas com seu nome.

 


Ao que parece, o público israelense aceita pagar um preço alto pela libertação dos soldados. Segundo pesquisa do Instituto Rafi Smith, 55% dos israelenses apóiam a troca de muitos presos palestinos, mesmo os acusados de crimes hediondos, por Guilad Shalit, capturado por extremistas palestinos na fronteira com a Faixa de Gaza em junho de 2006 e hoje mantido no cativeiro pelo Hamas. Outra enquete dá conta de que 68% dos israelenses acham que o atual cessar-fogo com o Hamas em Gaza deveria ter incluído a libertação de Shalit (que parece estar vivo e relativamente saudável).


1 - Pai de Shalit seqüestrado para Gaza
2- Goldwasser, provavelmente morto pelo Hezbollah, com sua bela mulher Karnit


3-Campanha nas ruas de Israel pelos seqüestrados
4- Piloto Ron Arad sumido no Líbano desde 1986

No caso dos outros dois soldados, os reservistas Eldad Regev e Ehud Goldwasser, levados pelo Hezbollah em julho de 2006 na fronteira com o Líbano, o apoio é ainda maior. De acordo com o Instituto de Pesquisas Dahaf, 61% dos israelenses aceitam trocar Regev e Goldwasser pelo libanês Samir Kuntar, que cumpre prisão perpétua pelo assassinato de quatro israelenses em 1979. Mesmo que os dois sejam devolvidos dentro de caixões. A certeza de que os dois não estão vivos é tanta que o exército israelense estuda declará-los como mortos em ação antes mesmo de qualquer troca.

Libertar Samir Kuntar – ou outra meia dúzia de presos libaneses e palestinos - pode parecer um preço baixo a pagar ao Hezbollah. Mas concederia à guerrilha financiada pelo Irã e pela Síria mais popularidade do que já tem. Kuntar é uma espécie de herói no Líbano e seu retorno seria uma vitória incontestável para Hassan Nassrallah. Fora isso, Kuntar é visto pelos israelenses como o último às na manga do país para descobrir o que aconteceu com o piloto Ron Arad, que desapareceu no Líbano em 1986. Sem Kuntar, o Hezbollah não terá motivo algum para esclarecer o desaparecimento de Arad – cujo corpo nunca foi encontrado.

Apesar de as negociações estarem avançadas nas duas frentes, pode ser que elas não cheguem a lugar nenhum. Não seria surpreendente, em se tratando do Oriente Médio.



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Magal
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1 Comentários
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  1. Qué tema tan complicado, no me atrevo a opinar. Si estuviese en mis manos el poder hacer algo, aunque más no sea algo, lo haría. Toda mi solidaridad para esas familias que sufren la ausencia de personas tan valiosas y valientes.

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